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Relembre relação do Oscar com o Brasil, que está de fora da disputa deste ano

País tem representantes na premiação desde 1945, que têm histórico de voltar para casa sem estatuetas

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São Paulo

"Marte Um" não conseguiu um lugar na disputa de melhor filme estrangeiro e o Brasil ficou de fora do Oscar deste ano.

O país, no entanto, tem uma longa trajetória na premiação, que começou em 1945, quando Ary Barroso foi indicado a melhor canção original por uma composição para o musical "Brasil" —ironicamente, americano. A faixa perdeu para "Going My Way", do filme "O Bom Pastor".

Cícero Lucas em cena do filme 'Marte Um', de Gabriel Martins - Divulgação

Foram necessários 15 anos foram para o país voltar à premiação. "Orfeu Negro", baseado na peça "Orfeu da Conceição", de Vinícius de Moraes, garantiu a primeira estatueta para um filme em língua portuguesa premiado pelo Oscar, mas não a primeira brasileira.

O filme foi coproduzido por Brasil, França e Itália e concorreu representando a França e venceu na categoria de filme estrangeiro, que hoje é a de filme internacional.

"O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, foi o primeiro representante brasileiro no Oscar, na disputa de 1963. O filme perdeu para o francês "Sempre aos Domingos", de Serge Bourguignon.

Em 1986, "O Beijo da Mulher Aranha" tem indicações em melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor ator.

Há discordância sobre se o filme pode ou não ser considerado uma participação brasileira na cerimônia. Vários atores e atrizes eram brasileiros, mas a obra é e língua inglesa e foi dirigida por Hector Babenco, cineasta argentino naturalizado brasileiro.

Depois de uma longa ausência na disputa de filme estrangeiro —mas com algumas indicações na categoria de documentário—, o Brasil começou a se tornar uma presença mais comum no Oscar nos anos 1990. "O Quatrilho", de Fábio Barreto, concorreu em 1996 e "O Que É Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto, em 1998.

Em 1993, mais um caso difícil de classificar. Luciana Arrighi ganhou um Oscar de melhor direção de arte, que hoje equivale ao prêmio de design e produção, por "Retorno a Howards End". Filha de um diplomata italiano, a artista nasceu no Rio de Janeiro, mas deixou o Brasil com dois anos.

Em 1999, "Central do Brasil", de Walter Salles, perdeu na mesma categoria e Fernanda Montenegro, que havia sido indicada a melhor atriz pelo filme, também voltou de mãos vazias para casa. Em 2001, "Uma História de Futebol" concorreu a melhor curta-metragem. Perdeu.

"Cidade de Deus" foi ignorado pela Academia em 2002, mas chegou à disputa em 2003. O filme foi indicado a melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia.

Apesar de não levar estatuetas para casa, o filme consolidou Fernando Meirelles no cinema e o diretor retornaria ao prêmio em 2020 com "Dois Papas", que não concorreu pelo Brasil, mas levou estatuetas.

Carlinhos Brown e Sergio Mendes concorreram a melhor canção original com "Real in Rio", do filme das araras azuis. Perdeu para "Man or Muppet". Em 2015, o documentário "Sal na Terra", de Juliano Salgado, perdeu para "Citizenfour".

"O Menino e o Mundo", de Alê Abreu, foi indicado na categoria de melhor animação em 2016, e, em 2020, "Democracia em Vertigem" concorreu a melhor documentário. Mais dois filmes que não foram premiados.

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