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BBC é alvo de protesto na sede por evitar descrever Hamas como terroristas

Emissora britânica afirma cobrir conflito de modo imparcial, preferindo classificar organização no noticiário como 'militantes'

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São Paulo

A BBC foi alvo de uma manifestação na noite desta segunda-feira, em Londres. A razão do protesto, que reuniu milhares em frente à sede da emissora, foi a cobertura dos ataques terroristas a Israel nos últimos dias.

A empresa é criticada por recusar a chamar o Hamas de uma organização terrorista, mesmo depois de o grupo orquestrar um ataque que matou cerca de 1.400 israelenses em 7 de outubro. O time de jornalismo do canal vem utilizando a nomenclatura "militantes" no lugar.

Manifestante pró-Israel em frente à entrada da BBC em Londres - Daniel Leal/AFP

Além de bandeiras de Israel, a maioria dos participantes do protesto ensaiou cantos de "vergonha", "justiça" e "Hamas são terroristas", todos direcionados à BBC e a seus administradores. Entre os porta-vozes do evento, estavam o ex-âncora da emissora Jonny Gould e o apresentador Andre Walker.

"Infelizmente A BBC sanitiza o assunto. É mais do que isso, não é John, porque a BBC está desculpando eles. Porque Simpson fetichiza tanto a imparcialidade, da mesma forma que a Suíça se esconde por trás da dita neutralidade", enunciou Gould, durante um discurso aos manifestantes, em referência ao apresentador John Simpson, da BBC.

A BBC no momento declara que usa o termo "militantes" para se referir ao Hamas em acordo com a política editorial de seu departamento de jornalismo. O manual da BBC busca garantir uma cobertura imparcial de conflitos armados, o que inclui a guerra entre Israel e Palestina.

A medida vem gerando críticas ao redor do mundo, que apontam que a emissora usa o termo "terrorista" para eventos que envolvam vítimas europeias. Em 2015, por exemplo, os ataques ao clube Bataclan em Paris foram descritas pela BBC como atos terroristas.

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