Siga a folha

Descrição de chapéu Livros Bienal do Livro

Bienal do Livro vira noite de louvor religioso com autor de 'Café com Deus Pai'

Encontro com pastor Junior Rostirola vira maior consagração até aqui do devocional no evento literário

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

E mais uma vez o cristianismo foi tema no palco principal da Bienal do Livro de São Paulo. Nesta quinta, foi a vez do autor do livro mais vendido no Brasil no último ano conversar com o público da Arena Cultural.

O "Café com Deus Pai", devocional do pastor Junior Rostirola, ocupa um dos maiores e mais cheios estandes do evento e é publicado pela Vélos. O autor está presente todos os dias por lá para autógrafos e servir café aos leitores.

O pastor Junior Rostirola, do best-seller "Café com Deus Pai" - Divulgação

Na mesa da noite de quinta, Rostirola se sentou ao lado do cantor Gabriel Brito e de Juliana, uma leitora que foi convidada para participar da conversa depois que deu seu testemunho ao pastor no seu estande.

Juliana afirmou que sofria problemas de saúde e ouvia de médicos que nunca mais iria andar. Até que, segundo ela, abriu o "Café com Deus Pai" e encontrou uma palavra sobre não desistir. Hoje ela conta estar recuperada e é grata ao livro de Rostirola pela cura. "O devocional é transformador, dá força, traz esperança."

A conversa foi uma coleção de testemunhos. Rostirola também contou sua história de vida, com a voz embargada, e lembrou as agressões que sofreu do pai e de colegas da escola que o levaram à depressão. Enquanto o pastor se emocionava no palco, lágrimas e lenços eram vistos nos olhos da plateia.

"Foi nessa época que eu recebi um convite de uma vizinha para ir à igreja, e foi um divisor de águas na minha vida", contou o pastor, seguindo a deixa, o pianista Rodrigo Valentim cantou o louvor "Casa de Deus" no evento literário —foi a música que Rostirola ouviu quando entrou na igreja pela primeira vez.

Do palco, Valentim tocou teclado acompanhando o tom da mesa à medida que variava entre triste e esperançoso. O encontro foi a principal consagração dos livros devocionais na Bienal até aqui.

Ao mesmo tempo, em outro espaço da Bienal, o medievalista italiano Emanuele Arioli relatava à mediadora Tatiany Leite e a uma plateia menor o seu processo de descoberta de um texto perdido há 700 anos.

Arioli encontrou a primeira parte da história de "Segurant, o Cavaleiro do Dragão" em um manuscrito francês e passou anos buscando os outros pedaços da narrativa.

O italiano falou em português —é tão fluente no idioma que chegou a traduzir a versão brasileira de seu próprio livro— sobre sua pesquisa e seu dia a dia como medievalista.

"Os dias são longos e as noites são curtas", contou Arioli, se desculpando algumas vezes com a plateia por se mostrar cansado com o fuso horário. "Nem tenho tempo de pensar, só continuo escrevendo."

A partir de sua pesquisa, Arioli produziu três livros. Uma versão completa da história, uma obra em quadrinhos e um infantojuvenil que conta como o pesquisador encontrou o manuscrito. Ele disse que a graphic novel foi feita como uma tentativa de resolver os mistérios que não conseguiu desvendar, completando as partes em aberto.

Arioli afirmou que a narrativa tem ressonância com a atualidade. "Nós precisamos de magia, e essa história traz encanto para o mundo."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas