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Saraiva propõe a credor pagar em 15 anos só 5% da dívida

Restante seria convertido em debêntures; livraria está em recuperação judicial

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São Paulo

A Livraria Saraiva, rede de varejo líder de vendas de livros no país e que passa por crise financeira, apresentou nesta segunda-feira (4) o plano de recuperação dos seus negócios aos credores.

A centenária companhia, que fechou mais de 20 lojas no país, propõe pagar apenas 5% da sua dívida em 15 anos —parcelas anuais por 14 anos, após 12 meses de carência.

Os 95% restantes da dívida seriam transformados em debêntures (títulos de dívidas) a serem emitidos em 2034 —ou seja, em 16 anos a partir da homologação do plano pela Justiça.

A Livraria Saraiva está em recuperação judicial desde novembro do ano passado, quando pediu uma trégua para não quebrar. 

 

A dívida total da companhia chega a R$ 684 milhões.

No plano de recuperação, ao qual a Folha teve acesso, a varejista atribui suas dificuldades financeiras a uma série de fatores: crise da economia brasileira, falta de abastecimento pelos fornecedores, dificuldades com a implementação de um novo sistema tecnológico e escassez de crédito bancário.

A exemplo do que foi feito pela concorrente Livraria Cultura, que também está em recuperação judicial com uma dívida total que chega a R$ 285 milhões, a Saraiva ofereceu no plano condições muito mais favoráveis aos chamados "credores parceiros".

Editoras, locadores de imóveis e outros fornecedores que sigam trabalhando com a empresa em condições iguais ou mais favoráveis que as atuais receberão 60% da dívida em 15 anos.

Os 40% restantes seriam convertidos em debêntures a partir do 16º ano.

Fornecedores têm de se comprometer a seguir vendendo produtos por dois anos, enquanto locadores de imóveis precisam garantir que manterão o mesmo aluguel por cinco anos.

A existência dos "credores parceiros" é uma estratégia das varejistas de livros para seguir operando e tentar sobreviver. Boa parte das editoras do país é fornecedora da Saraiva e da Cultura.

Funcionários e ex-funcionários não estão incluídos nas condições descritas. Para os credores trabalhistas, a Saraiva propôs pagar no máximo R$ 100 mil, parcelados mensalmente durante um ano.

O plano de recuperação da Saraiva precisa ser aprovado em assembleia geral de credores e, portanto, ainda pode sofrer modificações.

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