Parlamentares da oposição lançam frente contra reforma da Previdência
Já teriam assinado a lista 171 deputados e 27 senadores de partidos como PC do B, PT, PSB, PSOL e PROS
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Um dos coordenadores da frente, o senador Paulo Paim (PT-RS), afirma que 30 senadores aceitaram assinar o pedido de abertura da frente, porém com o argumento de defender a Previdência Social.
"Se o governo insistir na proposta do jeito que está não passa", afirmou.
Além da capitalização, as corporações têm críticas ao discurso do governo de que a reforma combate privilégios.
"Os servidores contribuem para a Previdência mesmo após a aposentadoria, o que nenhuma outra categoria faz. Isso não é ser privilegiado", afirmou Ângela Luna, da Atens (associação dos técnicos das universidades federais).
O economista Alexandre Schwartsman rebate o discurso dos servidores com números.
Segundo ele, os servidores são apenas 3,6% dos beneficiários da Previdência e, no entanto, respondem por 32% do deficit do sistema de aposentadorias.
Da economia prevista pelo governo com a reforma (R$ 1,165 trilhão), cerca de 25% vêm de modificações na Previdência dos servidores.
"Isto configura uma proposta que torna a Previdência menos regressiva [menos concentradora de renda nos mais ricos] do que é hoje", afirmou.
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