Defesa Civil do RS emite alerta para elevação do rio Guaíba

Órgão afirma que população que vive em áreas mais baixas deve buscar abrigo em locais seguros

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São Paulo

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul, na noite deste sábado (4), emitiu um alerta para a elevação do nível do rio Guaíba, afetado por fortes chuvas na última semana. A orientação é para quem mora em áreas mais baixas buscar abrigo em locais seguros.

Em nota, o órgão informa que as áreas mais altas não serão afetadas com a mesma intensidade do que as mais baixas.

Vista do rio Guaíba na ponte de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul
Vista do rio Guaíba na ponte de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul - Anselmo Cunha 3.mai.2024/AFP

Neste sábado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, amanheceu com as pistas alagadas e foi fechado por tempo indeterminado. O nível do rio Guaíba chegou à maior altura de sua história, ultrapassando os cinco metros, e o transbordamento pode perdurar pelos próximos dias.

O Centro Histórico da capital gaúcha foi uma das regiões mais afetadas pelos alagamentos. Comércios e residências seguem alagadas.

Os alagamentos já causaram 55 mortes no estado. De acordo com a Defesa Civil, 317 municípios foram afetados. Ao todo, há 13.324 desabrigados, sendo acolhidos em alojamentos cedidos pelo poder público e 69.242 desalojados. Um total de 510.585 pessoas foram afetadas pela tragédia, e 107 ficaram feridas. Além disso, há 74 pessoas desaparecidas, segundo balanço das 18h deste sábado.

Os municípios da região metropolitana de Porto Alegre também estão sendo afetados pela enchente. Em Canoas, a prefeitura orientou que os moradores dos bairros Harmonia, Cinco Colônias, Mathias Velho, Central Park e Fátima deixem suas residências e procurem abrigos. Na madrugada deste sábado (4), o pedido nas redes sociais era por barcos e voluntários para auxiliar nos resgates em áreas mais atingidas.

Diante de cidades destruídas e com previsão de piora das cheias em algumas localidades, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que o estado vai precisar de uma espécie de "Plano Marshall", em referência ao plano dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.

Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estadas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.

"Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo", disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço.

O presidente Lula (PT) voltará ao estado neste domingo (5) para acompanhar de perto a crise. Ele levará uma comitiva de nove ministros, incluindo os titulares da Fazenda, Fernando Haddad, da Saúde, Nísia Trindade, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O presidente deve se reunir novamente com o governador.

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