Produção e venda de gasolina da Petrobras caem em 2019
Petroleira justifica queda por menor demanda do produto no mercado brasileiro
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A produção e venda de gasolina da Petrobras caíram com relação ao primeiro semestre do ano passado, de acordo com relatório de produção e vendas divulgado pela empresa nesta sexta-feira (26).
O documento, referente ao segundo trimestre de 2019, mostra que, no primeiro semestre desse ano, foram produzidos 389 mil e vendidos 376 mil barris por dia, contra respectivamente 405 mil e 408 mil no mesmo período do ano passado.
Os números do segundo trimestre deste ano também caíram com relação aos primeiros três meses de 2019, com volume de produção de 388 mil barris e venda de 367 mil, contra respectivos 391 mil e 385 mil em janeiro, fevereiro e março.
A Petrobras justifica a queda por uma menor demanda no mercado, "devido ao aumento da competitividade do etanol hidratado frente à gasolina, em função do início da safra de cana no centro-sul, que resulta na queda dos preços do etanol, favorecendo seu consumo em alguns estados".
A geração de energia elétrica também caiu 59,5% com relação ao primeiro trimestre devido às condições hidrológicas mais favoráveis, divulgou a petroleira nesta sexta.
Além disso, os preços mais baixos do mercado internacional de gás natural liquefeito (GNL) levaram a petroleira a optar pela redução da importação de gás boliviano e aumento de compras de GNL para complementação da oferta de gás natural.
A Petrobras ainda disse ter apresentado um sólido desempenho operacional no segundo trimestre de 2019, com destaque para os campos do pré-sal, responsáveis por 57% da produção de óleo da companhia.
Em maio, a bacia de Santos completou dez anos de produção e, segundo a petroleira, atingiu 2,5 bilhões boe. "Um volume significativo, que corresponde a toda reserva provada da Argentina, por exemplo", disse a Petrobras.
A petroleira também disse ter revisto a meta de produção para 2019, alterando de 2,8 mil barris de óleo equivalente por dia (MMboed) para 2,7 MMboed, uma variação de 2,5% para mais ou para menos, de acordo com a empresa.
"A meta revisada é suportada pela resolução dos problemas de comissionamento das plantas de gás nas plataformas de Búzios, que já resultaram em melhora operacional em julho", escreveu a Petrobras nos destaques de produção e vendas do seu relatório.
A produção de óleo, LGN e gás natural foi de 2.633 Mboed no segundo trimestre de 2019, o que significou um aumento de 3,8% com relação aos primeiros três meses do ano. Nos números semestrais, os 2.586 Mboed são menores que os 2.670 do mesmo período em 2018.
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