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Roula Khalaf será a primeira editora-chefe desde a fundação do Financial Times

Khalaf sucederá Lionel Barber, que comandou o jornal por 34 anos

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Londres | Financial Times

Roula Khalaf foi indicada como próxima editora-chefe do Financial Times, sucedendo a Lionel Barber, que deixará o posto depois de um mandato de 14 anos que colocou a organização noticiosa em situação lucrativa mesmo em meio ao desordenamento de seu tradicional negócio de mídia impressa.

Em email aos funcionários na terça-feira (12), Barber anunciou que sua carreira de 34 anos no jornal se encerraria em janeiro, quando ele deixa “o melhor emprego do jornalismo”, no qual será substituído por Khalaf, sua segunda em comando.

“Quando assumi como editor, prometi restaurar o padrão mais elevado de comentário e reportagem no FT, e ajudar o conselho a construir um negócio lucrativo e sustentável”, ele escreveu, acrescentando que essa responsabilidade havia sido “um raro privilégio e prazer” em meio a “tempos tumultuosos”.

Khalaf detém o segundo posto na hierarquia editorial do Financial Times desde 2016, e comanda o planejamento estratégico da redação, lançando iniciativas como o Trade Secret, um serviço de notícias cujo foco é o comércio internacional.

Capa do jornal Financial Times - Shannon Stapleton - 9.nov.16/Reuters

Sua carreira no jornal incluiu comandar a rede de 100 correspondentes internacionais do Financial Times e a cobertura do Oriente Médio durante a guerra do Iraque e a Primavera Árabe de 2011.

Khalaf se declarou “emocionada” por estar assumindo o comando da “maior organização noticiosa do planeta”. Ela será a primeira mulher a ocupar o posto de editora chefe do Financial Times desde a fundação do jornal em 1884.

Tsumeo Kita, presidente do conselho da Nikkei, a proprietária do Financial Times, disse que os 24 anos de carreira de Khalaf no jornal provaram “sua integridade, determinação e julgamento sólido. Tenho plena confiança em que ela levará adiante a missão do FT de produzir jornalismo de qualidade, sem medo e sem favorecimentos”.

Durante seu mandato, Barber, 64, comandou a transição para além da publicidade em mídia impressa, que serviu de base aos negócios do jornal por mais de um século, construindo uma estratégia para publicações digitai e desenvolvendo um quadro de mais de um milhão de leitores.

O Financial Times também mudou de dono em 2015, quando foi adquirido pelo Nikkei Group, maior grupo de mídia do Japão, por 844 milhões de libras, da Pearson, que controlava o jornal desde 1957.

Kita descreveu Barber como “um pensador estratégico, verdadeiro internacionalista e grande amigo da Nikkei”.

“Ele transformou a redação do FT em uma operação primordialmente digital de classe mundial, produzindo uma combinação única de reportagens profundas e originais e comentários poderosos. O jornalismo do FT jamais esteve mais forte”, ele disse.

“Lionel e eu desenvolvemos uma grande confiança pessoal ao longo dos últimos anos; é muito triste vê-lo deixar o FT. Mas ambos concordamos em que é hora de iniciar um novo capítulo”, disse Kita.

Barber começou a carreira como repórter de negócios do Financial Times em 1985, depois de passagens pelos jornais Scotsman e Sunday Times. Ele foi correspondente em Washington, chefe de sucursal em Bruxelas, editor de notícias e editor executivo nos Estados Unidos.
 

Tradução de Paulo Migliacci

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