CCR vence leilão da BR-101 em Santa Catarina
Concessionária apresentou oferta com deságio de 62% e poderá administrar 220 quilômetros da estrada
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O grupo CCR S.A. venceu nesta sexta-feira (21) a concessão da rodovia BR-101 em Santa Catarina, e vai administrar 220 quilômetros da estrada por 30 anos.
O valor do pedágio foi o critério de seleção do certame. A concessionária apresentou oferta de R$ 1,97012, desconto de 62,04% sobre o valor inicial R$ 5,19 a ser cobrado nas quatro praças de pedágio previstas no trecho em concessão.
O tramo vai da cidade de Palhoça (que fica a aproximadamente 20 quilômetros de Florianópolis) até São João do Sul, a 10 quilômetros da divisa com o Rio Grande do Sul. Três grupos disputaram a concessão: a CCR, que já administra a RIS (Rodovia de Integração Sul), ao sul da atual concessão, a Ecorodovias e um consórcio liderado pela GLP.
Entre as ofertas, Ecorodovias propôs R$ 2,51016, desconto de 51,63%. Já o Consórcio Way, da GLP, deu um lance de R$ 4,35985, com desconto de 16%.
Segundo o presidente da CCR, Eduardo Camargo, a oferta foi responsável e feita com muita segurança.
"Já temos a Via Sul na região e incorporamos todas as sinergias que podemos ter com a concessionária na projeção de tráfego. Além de adicionar os 220 quilômetros, também atuaremos com as atuais prestadoras de serviços da Via Sul para a nova concessão, para que possam se apropriar tanto de manutenção quanto de conserva da via.", afirmou Camargo.
Ainda segundo o executivo, além do aporte obrigatório na assinatura do contrato, de R$ 400 milhões, serão adicionados cerca de R$ 10 milhões para cada 10% extra de desconto cedido. "Será um aporte adicional de um pouco menos de R$ 1 bilhão", disse.
A empresa vencedora do leilão terá que realizar investimentos previstos em R$ 3,37 bilhões, sendo R$ 853 mil por ano destinados a estudos e R$ 450 mil à segurança viária. A rodovia já é duplicada em todo o trecho, que passa por 17 cidades catarinenses.
Além dos aportes em melhoria da infraestrutura, há a previsão de que outros R$ 4 bilhões sejam aplicados na manutenção da BR-101.
O presidente da CCR também disse que a companhia tem bastante interesse nos leilões vindouros e que está com um caixa consolidado superior a R$ 4 bilhões. "Estamos confortáveis com nossos índices de alavancagem e isso me permite afirmar que a CCR deverá ir à mercado, ainda este ano, para captar recursos em prol de fazer frente às novas ofertas", disse Camargo.
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