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Empresária se diz devastada após acusação de uso de documento falso para sacar dinheiro

Lorenna Vieira acusou Itaú de racismo ao bloquear saque de R$ 1.500 e chamar a polícia

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Rio de Janeiro

Após laudo pericial atestar que Lorenna Vieira apresentou um documento de "natureza espúria" em agência do Itaú, a empresária disse estar "devastada" e que não quer "falar com ninguém".

As mensagens foram encaminhadas por WhatsApp à Rede Globo. Na quinta (30), Vieira acusou o banco de racismo após funcionários chamarem a polícia quando ela tentava sacar R$ 1.500 de sua conta.

Lorenna Vieira, empresária e namorada do DJ Rennan da Penha - Reprodução/Instagram

Segundo o Itaú, Lorenna não tinha cartão e nem a biometria cadastrada. Funcionários da agência solicitaram, então, o documento de identidade da empresária, procedimento que o banco diz tomar "para garantir a segurança dos próprios clientes, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero". 

Vieira diz que estava tentando receber há semanas o cartão de sua conta, sem sucesso.

Dona de uma marca de cosméticos, a jovem não quis falar com a Folha sobre o caso. O empresário de seu namorado, o DJ Rennan da Penha, afirma que ela não vai se manifestar mais e que agora a questão "é com a Justiça". 

Nas redes sociais, Vieira continua reproduzindo posts de desagravo a ela, que defendem sua inocência. À Globo Lorenna disse que, "se o erro foi no Detran, eles que resolvam. Agora, isso é terrível". Depois apagou uma série de mensagens que escreveu e acrescentou que não desejava mais falar no assunto. 

O Detran é responsável, no Rio, pela emissão de RGs. Segundo a Polícia Civil, o departamento revelou que não há carteira emitida em nome da jovem no dia 7 de maio de 2018. A data consta no documento que ela mostrou no Itaú.

Na cédula apresentada por Vieira no banco, ela aparece de cabelo liso. Na que consta nos cadastros do Detran, as madeixas estão crespas, sua forma natural.

Uma perícia papiloscópica reproduzida pela Globo revelou ainda que a impressão digital da identidade não é a da empresária. Diz o laudo: "Trata-se de um documento de natureza espúria, que pode iludir terceiros como se fosse uma cópia idônea da carteira de identidade”.

Inicialmente, a Polícia Civil afirmou que foi chamada pelo Itaú e que teria “convidado a mulher a acompanhá-los à delegacia”. Ela foi liberada pois os oficiais atestaram a autenticidade do RG —na ocasião, o documento foi escaneado, segundo a polícia. Filiação, data de nascimento e o número da identidade são os mesmos nas duas versões (na apresentada no Itaú e na que consta nos registros do Detran).

A polícia mudou a versão horas depois: na noite de sexta (31), a corporação disse que peritos apontavam irregularidades no documento em posse da jovem. Exemplo: seria anormal o espaçamento entre as letras no campo do seu nome.

Lorenna diz que, após ter sido liberada, os policiais a orientaram que ela rasgasse o documento e emitisse um novo, com o “cabelo ao natural para não ter mais esse tipo de problema", o que ela teria feito de raiva.

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