Descrição de chapéu Agrofolha

Responsabilidade fiscal é dever de todos, diz Alckmin na Agrishow

Afirmação foi feita em Ribeirão um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, rebater o ministro Fernando Haddad sobre o tema

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Ribeirão Preto

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste domingo (28) que a responsabilidade fiscal é um dever de todos, em resposta ao ser questionado sobre a relação com o Congresso.

Em entrevista à Folha publicada neste sábado (27), o ministro Fernando Haddad disse que o Congresso também precisa ter responsabilidade fiscal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu o titular da Fazenda e afirmou que as críticas eram injustas.

"A responsabilidade fiscal é um dever de todos, é com boa política fiscal que nós vamos ter política monetária melhor, com redução de juros e crescimento da economia. Acho que é um compromisso de todos e o caminho é o diálogo", disse o vice-presidente, que participou da cerimônia de abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), principal evento do agronegócio no país.

Imagem mostra o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com o prefeito de Ribeirão, Duarte Nogueira (à esq.), e os ministros Carlos Fávaro e Paulo Teixeira
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com o prefeito de Ribeirão, Duarte Nogueira (à esq.), e os ministros Carlos Fávaro e Paulo Teixeira - Cadu Gomes/Divulgação/VPR

Alckmin afirmou ainda que o que caracteriza o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o diálogo. "Um diálogo permanente com os demais poderes e os vários níveis da Federação", afirmou.

Em nota à imprensa enviada no sábado, Pacheco disse que "Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil".

Segundo Pacheco, "o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra".

Na entrevista, concedida à colunista Mônica Bergamo, ao comentar a alteração das metas fiscais para 2024 e 2025, Haddad afirmou que o "Executivo não consegue impor sua agenda ao Legislativo".

Ele também deu exemplos de propostas de ajustes que foram "desidratadas" pelo Congresso Nacional, como a que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de empresas e prefeituras —a medida foi questionada pelo governo no STF (Supremo Tribunal Federal), e cinco magistrados já votaram para que ela seja suspensa.

"Virou um parlamentarismo que, se der errado, não dissolve o Parlamento, e sim a Presidência da República", disse Haddad.

Em Ribeirão Preto, ao discursar para a plateia formada por autoridades, expositores e imprensa —ao público a feira será aberta nesta segunda (29)—, Alckmin ainda afirmou que a reforma tributária que o governo Lula apresentou resultará em eficiência na economia do país e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos anos.

A feira realizada em Ribeirão Preto há 30 anos historicamente é palco dos modernos lançamentos de máquinas e implementos agrícolas das grandes marcas, mas neste ano terá como componente essencial em sua realização o momento vivido pelo agronegócio no país.

A previsão é que a Agrishow receba cerca de 200 mil visitantes até sexta-feira (3) para conhecer as 800 marcas que estarão expostas nos mais de 25 quilômetros de ruas que abrigam a feira em Ribeirão.

A Agrishow é organizada por Abimaq, Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura e da Pecuária de SP) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).

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