Presidente do BC prevê queda de pelo menos 5% no PIB e desemprego de 15%

Estimativa é maior que última projeção oficial do Ministério da Economia, de retração de 4,7%

Já é assinante? Faça seu login

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Larissa Garcia

Brasília

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, projeto uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 5% "ou mais" neste ano por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia.

"Difícil dizer, depende de quanto tempo vai durar o distanciamento social", afirmou ele nesta sexta-feira (29) em evento virtual organizado pelo Valor Capital Group.

A estimativa de Campos Neto é maior que a última projeção oficial do Ministério da Economia —de retração de 4,7% neste ano.

O Copom (Comitê de Política Monetária) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu presidente e diretores, que define a cada 45 dias a taxa básica de juros da economia, a Selic. /

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como os juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

A Selic é apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos para que a taxa esteja em linha com a Selic definida pelo Copom. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

Uma redução da Selic diminui o custo de captação dos bancos, que poderiam emprestar com juros menores. Isso estimula o consumo e também pode favorecer o aumento da inflação, que precisa ficar na meta fixada pelo governo. O Brasil adota o regime de metas para a inflação desde 1999. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, que inclui BC e Ministério da Economia) e cabe ao BC adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços utilizado é o IPCA, calculado pelo IBGE. /

Em março de 1999, quando o regime de metas entrou em vigor, a Selic chegou ao seu máximo histórico, de 45% ao ano. Um ano depois, tinha recuado para 19% ao ano. Em 2009, ficou abaixo de 10% pela primeira vez. Em 2012, chegou a 7,25% ao ano, no governo Dilma Rousseff. No governo Michel Temer, os juros atingiram a mínima de 6,50% ano. No governo Jair Bolsonaro, voltaram a cair. Folhapress/Pedro Ladeira

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta que a atividade econômica no primeiro trimestre do ano recuou 1,5% na comparação com os três meses anteriores.

Durante o evento, Campos Neto disse também que o desemprego deve ficar em torno de 15%.

O presidente do BC voltou a falar sobre o "fator medo", que faria com que as pessoas continuassem em casa mesmo com a reabertura do comércio pelo menos até o meio do próximo ano.

Lojas fechadas em região que comercializa roupas para casamentos. Folhapress/Eduardo Knapp

Região da 25 de Março, onde transitam cerca de 400 mil pessoas por dia. Folhapress/Eduardo Knapp

Região da 25 de Março, onde transitam cerca de 400 mil pessoas por dia. Folhapress/Eduardo Knapp

Lojas fechadas na rua São Caetano; local reúne comércio especializado em artigos e vestuário para noivas. Folhapress/Eduardo Knapp

Bairro Liberdade; segundo associação comercial local, seis pontos comerciais fecharam as portas, como restaurantes e lojas de decoração. Folhapress/Eduardo Knapp

Região da 25 de Março, onde transitam cerca de 400 mil pessoas por dia. Folhapress/Eduardo Knapp

Região da 25 de Março, onde transitam cerca de 400 mil pessoas por dia. Folhapress/Eduardo Knapp

Mulher passa em frente a pontos fechados da rua Oscar Freire, nos Jardins . Folhapress/Eduardo Knapp

Rua Oscar Freire, nos Jardins . Folhapress/Eduardo Knapp

Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Europa; dezenas de lojas da região, que tem foco em design e arquitetura de interiores, usaram a medida provisória do governo para segurar empregos. Folhapress/Eduardo Knapp

Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Europa; dezenas de lojas da região, que tem foco em design e arquitetura de interiores, usaram a medida provisória do governo para segurar empregos. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua 25 de Março e adjacências fecharam, no mínimo, 18 pontos; maior centro comercial do país a céu aberto, a região recebe, em dias normais, cerca de 400 mil clientes . Folhapress/Eduardo Knapp

Bairro Liberdade; segundo associação comercial local, seis pontos comerciais fecharam as portas. Folhapress/Eduardo Knapp

Bairro Liberdade; segundo associação comercial local, seis pontos comerciais fecharam as portas. Folhapress/Eduardo Knapp

Bairro Liberdade; segundo associação comercial local, seis pontos comerciais fecharam as portas. Folhapress/Eduardo Knapp

Região central de São Paulo; antes da crise, polo empregava cerca de 200 mil pessoas de forma direta . Folhapress/Eduardo Knapp

Região central de São Paulo; antes da crise, polo empregava cerca de 200 mil pessoas de forma direta . Folhapress/Eduardo Knapp

Loja na região central de São Paulo. Folhapress/Eduardo Knapp

Região central de São Paulo; antes da crise, polo empregava cerca de 200 mil pessoas de forma direta . Folhapress/Eduardo Knapp

Rua 25 de Março; região emprega ao menos 40 mil pessoas. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua 25 de Março; região emprega ao menos 40 mil pessoas. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua 25 de Março; região emprega ao menos 40 mil pessoas. Folhapress/Eduardo Knapp

Fachada da Armarinhos Fernando, na 25 de Março, que adotou a MP e conseguiu segurar o corte de seus 2.500 funcionários . Folhapress/Eduardo Knapp

Rua Oscar Freire; bairro Jardins tem grifes multinacionais e terá marketplace para amenizar crise do coronavírus. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua Oscar Freire; bairro Jardins tem grifes multinacionais e terá marketplace para amenizar crise do coronavírus. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua Oscar Freire; bairro Jardins tem grifes multinacionais e terá marketplace para amenizar crise do coronavírus. Folhapress/Eduardo Knapp

Rua Oscar Freire; bairro Jardins tem grifes multinacionais e terá marketplace para amenizar crise do coronavírus. Folhapress/Eduardo Knapp

Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Europa; dezenas de lojas da região, que tem foco em design e arquitetura de interiores, usaram a medida provisória do governo para segurar empregos. Folhapress/Eduardo Knapp

"Precisamos saber qual será o novo normal. Com certeza envolve mudança de comportamento e nos hábitos", afirmou.

Campos Neto comentou, ainda, sobre os desafios da inclusão financeira. "Temos que olhar para as pessoas invisíveis, que não têm contas em banco."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas

Principais do dia

chuva

Centro de Porto Alegre fica sem luz e água durante inundação histórica

Cerca de 4.000 unidades estão sem luz tiveram a energia cortada após pedido dos bombeiros e da Defesa Civil

3.mai.2024 às 18h52

Como É Que É?

Madonna ainda é a rainha do pop?

Isabella Faria recebe a repórter especial Teté Ribeiro

3.mai.2024 às 9h19

Planeta em Transe

Brasil tem recorde de queimadas nos quatro primeiros meses de 2024

País teve mais de 17 mil focos de incêndio de janeiro a abril, aumento de 81% em relação a 2023

3.mai.2024 às 18h13