Siga a folha

Após embate entre Guedes e Maia, Bolsonaro minimiza desentendimentos entre Executivo e Legislativo

O presidente disse que antagonismos são naturais e que é normal que autoridades tenham opiniões diferentes sobre um mesmo assunto

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente Jair Bolsonaro minimizou nesta sexta-feira (2) o embate público entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em torno da tramitação da reforma tributária.

Em conversa com apoiadores, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente disse que desentendimentos são naturais e que é normal que autoridades tenham opiniões diferentes sobre um mesmo assunto. Bolsonaro fez questão de ressaltar que não tem problemas nem com Maia nem com Guedes.

"Eu não tenho problema nem com o Rodrigo Maia nem com o Paulo Guedes. O que temos, às vezes, é desentendimento, o que é natural. Eu quero uma coisa, mas o Rodrigo não quer. O Paulo Guedes quer uma coisa, mas eu não quero. Isso é natural", afirmou.

Nesta semana, Maia acusou Guedes de interditar a reforma tributária. Em resposta, o ministro disse que há boatos de que o deputado fez um acordo com a esquerda para travar as privatizações. "Paulo Guedes está desequilibrado", rebateu Maia.​

Na quinta-feira (1º), o vice-presidente Hamilton Mourão disse não acreditar que a troca de farpas entre Maia e Guedes afete a criação do Renda Cidadã, programa social preparado pela base governista para substituir o Bolsa Família.

Segundo o general da reserva, o episódio se trata de uma questão pessoal. "Mas o Guedes e o Maia é uma coisa pessoal, pô. Isso não tem nada a ver. Acho que vocês [imprensa] também ficam revirando esse troço. Não. O conjunto da obra são 512 deputados federais mais o Maia. Paciência", afirmou.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na quinta-feira (1º) que os juros voltarão a subir se o governo abrir mão do que chamou de arcabouço vigente. As declarações foram dadas em evento do banco JPMorgan.

A fala foi interpretada como um alerta contra o uso de precatórios e de parte do Fundeb (fundo da educação) no financiamento do Renda Cidadã. A equipe econômica e o núcleo político vêm debatendo uma saída para financiar o programa.

O impasse persiste desde segunda-feira (28) e a expectativa é de que só seja resolvido na próxima semana. Bolsonaro já disse que, caso não encontre uma alternativa, poderá tomar uma decisão "mal tomada".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas