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Novas regras de privacidade do iPhone prejudicam Facebook

Expansão é primeiro sinal concreto de que a empresa planeja reforçar seus negócios publicitários

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San Francisco | Financial Times

A Apple vai expandir seus negócios publicitários, de acordo com duas pessoas informadas sobre os planos da empresa, no exato momento em que adota novas regras de privacidade para o iPhone que provavelmente bloquearão a publicidade oferecida por rivais como o Facebook.

A fabricante do iPhone já vende anúncios vinculados a resultados de busca na App Store, que permitem que desenvolvedores paguem por posições no topo da lista de retornos. Em buscas pelo termo “Twitter”, por exemplo, o primeiro resultado é, no momento, “TikTok”.

A Apple agora planeja abrir um segundo espaço publicitário, na seção de apps “sugeridos” da página de buscas de sua App Store. O novo espaço deve ser introduzido até o fim do mês, de acordo com umas das fontes, e permitirá que desenvolvedores promovam seus apps em toda a rede da companhia, em lugar de apenas em resposta a termos específicos de busca.

Tim Cook apresenta iPhone XR em evento na Califórnia - Stephen Lam - 10.set.2019/Reuters

Procurada, a Apple se recusou a comentar o assunto.

A expansão é o primeiro sinal concreto de que a Apple planeja reforçar seus negócios publicitários, e ao mesmo tempo desordenar o mercado mais amplo de publicidade digital, que movimenta US$ 350 bilhões ao ano e é liderado pelo Google e pelo Facebook.

A nova atualização do sistema operacional da Apple, iOS 14.5, impedirá que apps e anunciantes recolham dados de usuários do iPhone sem o consentimento explícito destes. A maior parte dos usuários deve recusar os pedidos de rastreamento, o que representará um grande golpe para a forma pela qual o setor de publicidade em celulares opera.

A Apple declarou que as mudanças levariam mais privacidade aos seus usuários, mas alguns críticos acusaram a empresa de buscar expandir seu negócio publicitário, que é relativamente modesto.
Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, disse que “a Apple pode dizer que está fazendo isso para ajudar as pessoas, mas a medida claramente promove seus interesses competitivos”.

Tradução de Paulo Migliacci

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