Bancos centrais e fundos soberanos estão se tornando mais verdes e ativistas
Investidores globais implementam princípios ESG na pandemia, mostra pesquisa
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A pandemia de Covid-19 está acelerando uma mudança de bancos centrais, fundos soberanos e fundos de pensão públicos para estratégias de investimento mais verdes e ativistas, mostrou uma das maiores sondagens anuais sobre o comportamento dessas instituições.
A pesquisa "Investidores Públicos Globais", do think-tank OMFIF, reuniu 102 instituições que supervisionam um total de US$ 7 trilhões para monitorar como a pandemia e outras tendências de longo prazo estão as afetando.
"Definitivamente, houve uma aceleração [de fatores de ESG] devido à Covid", disse a economista-chefe do OMFIF, Danae Kyriakopoulou.
Pela primeira vez desde que o OMFIF começou a perguntar sobre ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa), a maioria em todas as três categorias de investidores públicos globais (GPIs) disse que agora implementa esses pilares de alguma forma.
Os bancos centrais representaram cerca de 60% da amostra da pesquisa deste ano e, embora muitos não invistam em ações ou projetos de infraestrutura, os títulos verdes continuam sendo a opção ESG mais popular.
Mais de um terço dos bancos consultados na pesquisa agora os detém, embora alguns também afirmem que a liquidez e a falta de oferta de títulos verdes, especialmente em dólares, podem ser uma dificuldade.
Ponto de inflexão
A pesquisa também mostrou uma tendência mais ativa de adicionar esses ativos à carteira, especialmente entre fundos soberanos e fundos de pensão públicos. Em vez de apenas excluir os poluidores, muitos agora estão comprando especificamente de empresas ou projetos que estão fazendo a transição de práticas mais poluentes ou menos responsáveis para as mais sustentáveis.
No entanto, ainda existem claras lacunas. A pesquisa descobriu que cerca de 60% dos GPIs não usam benchmarks ESG —uma espécie de lista de compras de ativos que eles podem ou não possuir— e apenas 8% tinham seus próprios benchmarks personalizados.
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