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Vibra (ex-BR) e Copersucar se unem para criar gigante do etanol

Meta de nova empresa é movimentar 9 bilhões de litros do combustível por ano

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Rio de Janeiro

A Vibra (ex-BR Distribuidora) e a Copersucar anunciaram nesta segunda (30) a criação de uma empresa para atuar no segmento de comercialização de etanol. Com receita de R$ 30 bilhões, por ano, a companhia nasce para movimentar cerca de 9 bilhões de litros por ano.

A parceria será feita por meio da aquisição pela Vibra de 49,99% da ECE (Empresa Comercializadora de Etanol), que permanecerá controlada pela Copersucar. Juntos, os dois sócios vão investir R$ 450 milhões na nova empresa, cujo nome definitivo ainda não foi escolhido.

Essa companhia será responsável por comprar toda a produção de etanol da Copersucar, hoje entre 4,5 e 5 bilhões de litros por ano, e será a única supridora dos postos da Vibra, que vendem hoje entre 6 e 6,5 bilhões de litros por ano.

Logo da BR Distribuidora (agora Vibra) em posto de combustíveis em Natal (RN) - Paulo Whitaker - 19.nov.2018/Reuters

A ideia é que a nova empresa não fique restrita a contratos com os dois sócios, atuando também na compra de etanol de outros produtores no Brasil e no exterior e buscando contratos de venda para outras distribuidoras ou clientes internacionais.

A meta de movimentação, de 9 bilhões de litros por ano, corresponde a cerca de um quarto da produção brasileira de etanol em 2020, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

"A Copersucar é líder muncial na comercialização de açúcar e sempre teve papel de protagonista no desenvolvimento do mercado de etanol", disse o diretor comercial da empresa, Pedro Paranhos. "Com essa parceria dá mais um passo na consolidação da posição de liderança mundial no etanol."

O presidente da Vibra, Wilson Ferreira Junior, disse que a distribuidora ganhará com preços mais competitivos do etanol que vende aos postos de combustíveis. E que a entrada no mercado de biocombustíveis reforça a estratégia ESG da empresa.

A Vibra pagará R$ 5 milhões pela fatia na ECE. Ferreira Junior destacou que a operação ainda depende de avaliação dos órgãos de defesa da concorrência e que ainda há tempo para pensar num novo nome para a companhia.

Com a parceria, a Vibra se aproxima do modelo de negócios da concorrente Raízen, parceria entre o grupo Cosan e a anglo-holandesa Shell que atua na cadeia do etanol da usina ao posto e concluiu recentemente uma oferta de ações em bolsa de R$ 6,9 bilhões.

Embora a Vibra seja a maior distribuidora de combustíveis do país, ela ocupa a terceira posição nas vendas de etanol no mercado brasileiro, atrás da líder Raízen e da Ipiranga. Seu forte é o mercado de diesel, que domina com larga vantagem sobre os concorrentes.

"Estamos muito focados em combustíveis da transição energética", disse Ferreira Junior. Em março, a Vibra concluiu a compra da comercializadora de energia Targus, com a qual pretende oferecer soluções energéticas, incluindo o mercado de gás natural.

Em julho, a empresa se tornou 100% privada com a conclusão da venda da última fatia da Petrobras em seu capital social. A operação, de R$ 11,3 bilhões, transferiu a investidores privados 37,5% do capital da empresa. Cerca de um terço das ações foram vendidos a estrangeiros.

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