Contas do setor público têm surpresa positiva em novembro e registram superávit no ano
Dado de novembro é o melhor para o mês desde 2013
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O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de R$ 15,034 bilhões em novembro, o que levou o dado acumulado em 12 meses ao campo positivo pela primeira vez no ano, com saldo de R$ 12,767 bilhões, equivalente a 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto), informou o Banco Central nesta quinta-feira (30).
O dado de novembro é o melhor para o mês desde 2013, quando houve superávit de R$ 29,8 bilhões. O resultado veio muito acima das expectativas de mercado. Pesquisa Reuters apontava para um superávit primário de R$ 4,775 bilhões de reais no mês.
Em novembro, o resultado do setor público foi puxado principalmente pelo dado de Estados e municípios, superavitários em R$ 11,743 bilhões.
Os dados do governo central —governo federal, Banco Central e INSS—, por sua vez, mostram um superávit de R$ 3,529 bilhões.
Na quarta-feira (29), o Tesouro já havia divulgado que o desempenho do governo federal foi impulsionado por uma ampliação na arrecadação e uma redução nas despesas.
Estatais ficaram no vermelho em novembro, com um déficit de R$ 238 milhões.
Nos onze primeiros meses do ano, o setor público consolidado registrou superávit de R$ 64,604 bilhões, frente a um rombo histórico de R$ 702,950 bilhões no mesmo período do ano passado, alcançado em meio aos gastos extraordinários que foram feitos no enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Os dados do ano foram empurrados pelo aumento da inflação, que eleva as receitas tributárias e ganhos com royalties de petróleo. O governo tem argumentado, no entanto, que parte do resultado é estrutural, com altas reais de arrecadação.
Pelo lado das receitas, pesaram na conta a redução de medidas de enfrentamento à pandemia e o congelamento salarial de servidores públicos, o que também favoreceu as finanças dos governos regionais.
Ainda segundo o BC, a dívida líquida do país ficou em 57,0% do PIB em novembro, contra expectativa do mercado de 57,8%. No mês anterior, estava em 57,1%.A dívida bruta, por sua vez, foi a 81,1% do PIB, ante 82,3% em outubro.
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