Chefe do conselho da Petrobras diz que deixará o cargo
Executivo alega motivação pessoal; presidente do Flamengo pode ser substituto
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O presidente do conselho de administração da Petrobras, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse à Reuters neste sábado (5) que planeja deixar o cargo, com o executivo de petróleo e presidente do Flamengo Rodolfo Landim visto como seu possível sucessor, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.
"A presidência do conselho de administração da Petrobras é um trabalho de 24 horas e quero passar mais tempo com minha família", disse Ferreira, acrescentando que tem dois filhos adultos morando fora do Brasil.
Ferreira se recusou a comentar mais.
A decisão ocorre no momento em que a Petrobras enfrenta pressão de investidores para aumentar os preços dos combustíveis, já que o petróleo se aproximava de US$ 120 por barril. A empresa controla os preços da gasolina e do diesel no Brasil com mais de 80% da capacidade de refino do país.
Rodolfo Landim, que fez carreira na Petrobras antes de criar sua própria petroleira e vendê-la, está entre os candidatos à substituição, segundo duas pessoas a par do assunto. Landim atualmente dirige o Flamengo.
Um anúncio formal da Petrobras é esperado para a próxima semana. A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a Petrobras poderia reduzir seu lucro para evitar que os preços dos combustíveis explodissem.
Em um discurso semanal nas redes sociais, Bolsonaro disse estar certo de que a Petrobras faria o que for necessário para proteger os consumidores brasileiros de sofrerem aumentos acentuados de preços.
Os comentários de Bolsonaro vieram depois que a Petrobras quebrou no mês passado seu recorde histórico de lucro anual e pagamentos de dividendos em 2021, graças à alta do petróleo.
A política da Petrobras de buscar paridade entre os preços dos combustíveis domésticos e os mercados internacionais é alvo de críticas com o aumento do custo do petróleo Brent. Um crescente coro de políticos afirma que a Petrobras deveria ajudar a arcar com esses custos.
Na quarta-feira, o presidente-executivo Joaquim Silva e Luna disse à Reuters que a Petrobras ainda não havia tomado uma decisão sobre os reajustes dos preços dos combustíveis.
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