Novos nomes para Petrobras, 2º maior banco digital chega ao Brasil e o que importa no mercado
Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta quinta-feira (7)
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta quinta-feira (7). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo.
Solução caseira para a Petrobras
Após as desistências de Adriano Pires e Rodolfo Landim, o governo apresentou nesta quarta (6) os novos nomes para presidir a Petrobras e o seu conselho de administração.
Quem é quem:
Presidente:
- José Mauro Ferreira Coelho é atual presidente do conselho da estatal PPSA, era até outubro passado secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.
- Com carreira de 14 anos na área energética do governo, ele já defendeu a atual política de preços da Petrobras, alegando que preços artificiais poderiam causar desabastecimento no país.
Presidente do conselho:
- Márcio Andrade Weber já faz parte do conselho da Petrobras. Ele também é diretor da empresa Petroserv e trabalhou por 16 anos na estatal.
Vai não vai: esta é a segunda indicação que o governo faz aos cargos de Silva e Luna, que foi demitido em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro ao aumento dos combustíveis, e de Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que pediu para deixar o cargo.
- Os primeiros escolhidos eram Adriano Pires e Rodolfo Landim, que recusaram os convites em meio a questionamentos sobre conflito de interesses.
- O governo ainda chegou a sondar outros nomes do mercado para a presidência, como do ex-presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo) Décio Oddone, que recusou a investida.
Pressa: a escolha pelos nomes estava pressionada pelo tempo, porque a assembleia geral de acionistas da empresa está marcada para o dia 13. É nela que a troca será efetivada na prática, já que o governo tem votos suficientes para eleger seus representantes.
Alívio na conta de luz
O governo decidiu antecipar o fim da bandeira "escassez hídrica" para o próximo dia 16, anunciou o presidente Jair Bolsonaro (PL). A taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos foi implantada em setembro.
O que explica: as fortes chuvas no início do ano elevaram o nível médio dos reservatórios, em especial os das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que ficam na área chamada de caixa d’água do setor elétrico e estão com o maior volume de água desde 2012.
- É por isso que, antes do anúncio, o mercado já esperava a adoção da bandeira verde em maio, já que a vigência da taxa atual acabaria em abril.
- A bandeira escassez hídrica foi criada no ano passado para custear a contratação de usinas térmicas durante o período mais crítico da crise, quando o país ainda vivia sob o risco de racionamento de energia.
Em números: segundo Bolsonaro, a conta de luz deve ter uma redução de cerca de 20%. A economia chegará aos consumidores de renda mais alta, porque os de baixa renda estão há quatro meses sem cobrança extra na conta de luz.
- Com as chuvas, o nível médio dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste chegou a 63,3% em março, quase o dobro do registrado no mesmo mês de 2021.
- No mercado livre de energia, a redução dos preços já tinha acontecido, com o MWh (megawatt-hora) custando R$ 55,70, o menor valor possível no sistema atual.
Segunda maior fintech chega ao Brasil
Um novo banco digital está chegando ao país. O britânico Revolut desembarca com a banca de ser o segundo maior do mundo em valor de mercado, atrás apenas do Nubank.
Na última captação, no meio do ano passado, o gringo foi avaliado em US$ 33 bilhões (R$ 155 bi). O Nubank, que estreou na Bolsa de Nova York a US$ 41,5 bi, com o título de banco mais valioso da América Latina, viu suas ações perderem fôlego e hoje vale cerca de US$ 35 bi (R$ 164 bi).
A fintech: o Revolut será tocado no Brasil por Glauber Mota, que era responsável pelo banco digital do BTG Pactual. A empresa chega ao Brasil sem a pretensão de atingir a clientela que o Nubank tem, de mais de 50 milhões.
- Com 18 milhões de clientes em 35 países, o britânico deverá focar em clientes de renda mais alta e para isso tem como seu carro-chefe a conta global, que vai competir com as casas de câmbio.
- Os correntistas do banco terão acesso a 28 moedas, e desta forma a cobrança de IOF deve cair de 6,38% para 1,1%, por serem transferências entre contas de mesma titularidade. A ideia é facilitar não só as compras em viagens, mas também em sites estrangeiros.
Não é o primeiro: no fim do ano passado, o alemão N26 também começou a operar no Brasil como banco digital. Em comum entre todos eles, está a aposta em um público adaptado e atraído pela praticidade gerada pelas fintechs.
Gangues de ransomware vivem crise
Duas das principais gangues mundiais de cibercrime sofreram baixas significativas no início deste ano.
Entenda: enquanto membros do grupo REvil foram presos na Rússia, a gangue Conti teve sua estrutura interna e documentos revelados após um racha interno provocado pelo apoio à Rússia durante a guerra na Ucrânia.
Os dois são especializados no ransomware, tipo de ataque em ascensão em que os criminosos sequestram dados e sistemas de empresas e exigem resgates pagos em criptomoedas para liberá-los.
Quem é quem:
- REvil: é a gangue com maior volume de ataques detectados em 2021, segundo relatório da IBM.
- Conti: recebeu U$ 180 milhões (aproximadamente R$ 850 mi) só no último ano com extorsões. Os documentos vazados mostram que o grupo analisa os balancetes das vítimas para determinar o valor a ser cobrado pelo resgate.
Por que importa: crimes do tipo ransomware também causaram estragos no Brasil nos últimos anos. O país é o nono com maior número de vítimas desse tipo de ataque, segundo a Palo Alto Networks.
No ano passado, empresas como JBS, Renner e Fleury foram alvos de ransomware. Esse tipo de crime também já atingiu órgãos públicos por aqui, como os casos registrados no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no Ministério da Saúde.
Novos riscos: esses golpes dispararam com a pandemia, quando as empresas tiveram que adaptar suas estruturas ao trabalho à distância.
Agora, com o modelo híbrido, em que o funcionário poderá conectar seu computador em casa e no trabalho, novas lacunas de segurança podem surgir, afirmam os especialistas.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters