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A perspectiva econômica global é ainda mais sombria do que o projetado no mês passado, disse o FMI (Fundo Monetário Internacional) no domingo (13), citando uma queda constante nas pesquisas de índices dos gerentes de compras nos últimos meses.
O fundo citou como motivos o aperto da política monetária desencadeada pela inflação alta e ampla, o fraco impulso de crescimento na China e interrupções contínuas no fornecimento e insegurança alimentar devido à invasão russa na Ucrânia.
No mês passado, o FMI cortou sua previsão de crescimento global de 2023 para 2,7%, ante uma previsão anterior de 2,9%.
Em um blog preparado para uma cúpula de líderes do G20 na Indonésia, o FMI disse que indicadores recentes de alta frequência "confirmam que as perspectivas são mais sombrias", principalmente na Europa.
A instituição afirmou que os índices de gerentes de compras recentes, que medem a atividade de manufatura e serviços, sinalizaram fraqueza na maioria das 20 principais economias do G20, com a atividade econômica indicando contração enquanto a inflação permanece alta.
"As leituras para uma parcela crescente de países do G20 caíram de território expansionista mais cedo neste ano para níveis que sinalizam contração", disse o FMI, acrescentando que a fragmentação global somou-se a "uma confluência de riscos negativos".
"Os desafios que a economia global está enfrentando são imensos e o enfraquecimento dos indicadores econômicos apontam para mais desafios à frente", disse o FMI, acrescentando que o atual ambiente é "extraordinariamente incerto".
Panetta, do BCE, adverte contra apertar demais a política monetária
O BCE (Banco Central Europeu) deve continuar elevando os juros, mas precisa evitar o aperto excessivo, pois isso pode destruir a capacidade produtiva e aprofundar uma desaceleração econômica, disse o membro do conselho da entidade Fabio Panetta nesta segunda-feira (14).
O BCE elevou os juros em 200 pontos-base combinados desde julho, seu ritmo mais rápido de aperto da política monetária já registrado, e as precificações de mercado sugerem que o banco está em pouco mais da metade de seu caminho de altas, com o próximo movimento devendo ser um aumento de 50 ou 75 pontos-base em dezembro.
"Se comprimíssemos a demanda de forma excessiva e persistente, correríamos o risco de também empurrar a produção permanentemente abaixo da tendência", disse Panetta em discurso em Florença.
"Enquanto as expectativas de inflação permanecerem ancoradas, a política monetária deve se ajustar, mas não exagerar", disse ele. "A incerteza em torno da dinâmica de oferta e demanda exige que permaneçamos prudentes em relação a até onde o ajuste precisa ir."
Enquanto as autoridades argumentam que as expectativas de inflação estão em grande parte "ancoradas" perto da meta de 2% do BCE, um indicador-chave de longo prazo baseado no mercado é de 2,36%, enquanto a última previsão da Comissão Europeia coloca a inflação de 2024 em 2,6%, indicando riscos de alta.
Panetta também alertou contra aumentos rápidos demais, pois a ação do BCE precisa de tempo para percorrer a economia e as altas de juros já estão a caminho de deduzir um ponto percentual do crescimento do PIB a cada ano até 2024.
Em uma notável concessão às autoridades a favor de uma política monetária mais apertada, Panetta argumentou que o aperto poderá até chegar a um nível em que o BCE restringirá o crescimento, mas isso precisa de uma justificativa sólida.
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