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Governo Lula tem primeira rodada de reuniões com entregadores; trabalhadores desistem de greve

Governo terá grupo de trabalho para tratar da nova política de valorização do salário mínimo

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São Paulo

Os motoentregadores tiveram nesta terça-feira (17) a primeira reunião com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro foi com Gilberto Carvalho, secretário de economia solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, em São Paulo.

Segundo Edgar Francisco da Silva, o Gringo, presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), o governo reconheceu a necessidade de legitimidade dos entregadores na discussão de regras para os aplicativos.

Com isso, a paralisação programada para o próximo dia 25 pelos entregadores reunidos sob a Aliança dos Entregadores de Aplicativos foi supensa.

Motoentregadores durante o Breque dos Apps, manifestação realizada em julho de 2020 - Karime Xavier-01.jul.20/Folhapress

"Estávamos denunciando a exploração dos aplicativos e exigindo fazer parte da mesa de negociação do governo para fazer a regulamentação", diz nota divulgada pela aliança.

Os representantes dos aplicativos estão na expectativa de conseguir uma data para sentar com o governo. O MID (Movimento Inovação Digital), que reúne apps como 99, Mercado Livre, Loggi e Rappi (são cerca de 150 empresas) encaminhou na sexta (13) um pedido de reunião para o dia 19.

Eles querem debater, além da regulamentação dos serviços de entrega, as regras para viagens de passageiros. O pedido de encontro é assinado pelo presidente do MID, Vitor Magnani.

A criação de um conjunto de regras para o trabalho intermediado por aplicativos estará na pauta de outras duas reuniões previstas para esta semana.

A primeira será na quarta (18) com o presidente Lula e representantes de centrais sindicais como UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CSB (Central dos Sindicatos do Brasil), em Brasília (DF).

Em cerimônia no Palácio do Planalto, o governo anunciará a criação, até o fim de fevereiro, de um grupo de trabalho para discutir a regulamentação dos aplicativos e outro para tratar de negociação coletiva.

Lideranças entre os entregadores, como o youtuber Ralf Elisário, do canal Ralf MT, e Paulo Lima, o Galo, dos Entregadores Antifascistas, já estão em Brasília e participarão do evento.

O grupo de trabalho que vai tratar da nova política do salário mínimo será instalado imediatamente, a partir de quarta, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.

Na quinta (19), também na capital federal, há previsão de uma outra reunião das centrais com o ministro Luiz Marinho, da qual devem participar representantes do Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoentregadores.

No início deste mês, o presidente do conselho, Gilberto Almeida dos Santos, que lidera também o sindicato de São Paulo, enviou ao governo um pedido de reunião para discutir a situação desses trabalhadores.

Não existe, ainda, uma proposta fechada para uma regra que proteja os empregadores. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é um dos pontos centrais da rusga entre os motoboys sindicalizados e os autônomos de diversos grupos. Os sindicatos não abrem mão da formalização, mas nos demais grupos, a obrigatoriedade do registro em carteira não é um consenso.

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