Meta de inflação mais alta pode ser perigosa, diz BTG Pactual
Vice-presidente financeiro do banco, Renato Cohn afirma que subida de juros pelo BC é bem avaliada
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Elevar metas de inflação do país pode ser um caminho perigoso, disse nesta segunda-feira (13) o vice-presidente financeiro do BTG Pactual, Renato Cohn, reverberando a visão cautelosa de bancos em relação a discussões sobre o tema dentro do governo.
Segundo ele, internacionalmente a postura do BC de ter começado a subir a taxa básica do país há quase dois anos, de 2% para os atuais 13,75% ao ano, é bem avaliada, dado que o país conseguiu controlar a inflação antes do que outros países.
Porém, a pesquisa semanal do BC com instituições financeiras publicada nesta manhã indicou previsão de que o IPCA deste ano deve subir 5,79%, exatamente o mesmo nível do ano passado, mas bem acima do centro da meta da autoridade monetária para 2023, de 3,25%.
Na próxima quinta-feira, o CMN (Conselho Monetário Nacional) se reúne para discutir, entre outros temas, as metas de inflação e membros do governo têm defendido elevar a meta para 3,5%.
Segundo Cohn, discussões sobre meta de inflação devem se basear em fundamentos técnicos e motivações diferentes podem contaminar as expectativas do mercado, com consequências negativas para a macroeconomia.
Para o executivo, mesmo com o ambiente ainda adverso no país, ativos brasileiros têm grande interesse por parte de investidores estrangeiros. Assim, se o ruído entre o governo e o BC arrefecer, um cenário mais positivo no mercado pode se formar para empresas do país captarem recursos no mercado.
"Baixando a bola, tem bastante chance de ter reabertura do mercado", disse Cohn, referindo-se às emissões de renda fixa e de ações, inclusive as ofertas iniciais (IPO), que passaram em branco em 2022.
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