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Líder do PT defende projeto de lei em vez de decreto para mudar marco do saneamento

Lideranças da Câmara marcam novo encontro com ministros do governo Lula para tratar do tema

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Brasília

Líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado José Guimarães (PT-CE) defendeu o envio ao Congresso de um PL (projeto de lei) alterando pontos do Marco do Saneamento.

"[Retirar o decreto e mandar um PL ao Congresso] depende da Casa Civil. Eu acho que o decreto tem que ser reformulado. A lei, minha opinião, é a lei que tem que ser reformulada. Tira o decreto e reformula-se a lei", disse Guimarães à Folha.

O governo federal fez uma série de mudanças no marco via decreto, mas as alterações desagradaram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a pautar um PDL (projeto de decreto legislativo) sustando os efeitos do decreto.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) - Gabriela Biló/Folhapress

Depois de uma reunião com o ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), Alexandre Padilha, realizada na manhã dessa terça (25), Lira aceitou retirar o assunto da pauta mediante a realização de uma reunião do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e das Cidades, Jader Filho (MDB), com as lideranças da Casa.

Esse encontro deve bater o martelo sobre o caminho a ser seguido.

Um líder do centrão na Câmara afirma, sob reserva, que essa reunião é uma chance de o governo reparar o que ele classificou como um imbróglio político causado pelo envio do decreto.

Segundo ele, os deputados se sentiram alijados do debate sobre o tema e uma saída para contornar a situação seria o envio de um PL no lugar do decreto.

Por enquanto, a Casa Civil se mantém irredutível, mas ela pode ter que dar o braço a torcer caso Lira mantenha a pressão e consiga negociar a aprovação do PDL também no Senado.

No início do mês, Lira chegou a classificar de "retrocesso" as mudanças feitas pelo governo federal. "Eu defendo a revisão da lei. A lei deixou muitas brechas para abusos nos estados. O decreto traz retrocessos que precisam ser avaliados", disse ele.

Entre as mudanças feitas pelo governo federal, uma que causou polêmica é a brecha para que empresas estaduais de saneamento prestem o serviço sem uma nova licitação.

Os decretos editados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abrem a possibilidade de prestação direta de serviços pela estatal estadual em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões (subdivisão da área do estado).

O ponto atende a um interesse do ministro Rui Costa, já que uma estatal beneficiada pela medida é a Embasa (Empresa Baiana de Águas e Serviços). A companhia atende Salvador (BA) com um contrato vencido e as regras do marco previam uma nova licitação, na qual a estatal concorreria com o setor privado na tentativa de manter a prestação do serviço.

Com o decreto, a empresa pode renovar o contrato sem uma nova licitação. Rui Costa governou a Bahia até o ano passado e emplacou seu sucessor, o governador Jerônimo Rodrigues (PT).

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