Lula brinca que, em nome de déficit zero, não ofereceu jantar a líderes
Reunião ocorreu na noite desta quinta (22) no Alvorada; foi montada uma mesa de frios, com vinho, uísque, água e suco
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Em encontro com parlamentares e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em tom de piada, que, para o governo conseguir cumprir a meta fiscal de déficit zero, defendida pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), houve uma contenção de gastos e não foi oferecido jantar.
A reunião ocorreu na noite desta quinta-feira (22) no Palácio da Alvorada. Na ocasião, foi montada uma mesa de frios, com vinho, uísque, água e suco.
Num discurso para os presentes, Lula afirmou que o motivo era o corte de despesas para se alcançar o equilíbrio das contas públicas.
Membros do governo citam que o momento serviu para quebrar o gelo. A reunião, que teve clima informal, serviu para que o presidente turbine a articulação política diante de insatisfações de partidos na Câmara.
A brincadeira sobre a falta de jantar arrancou risos dos convidados.
No evento, segundo parlamentares, Lula também disse que Haddad está estudando uma forma de aliviar a dívida que estados têm com a União. Ele, porém, não deu detalhes. Governadores já levaram ao Ministério da Fazenda propostas para mudar o indexador da dívida, o que ajudaria estados a quitarem as contas.
Entre os presentes estavam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líderes de partido de esquerda, centro e do centrão, além de presidentes de siglas aliadas ao governo.
O encontro foi descrito como uma confraternização de clima ameno. Lula citou que quer se aproximar dos parlamentares e reforçar esse diálogo com os deputados. Disse ainda que esses encontros deverão ser mais frequentes e afirmou que o próximo será um churrasco na Granja do Torto que será comandado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Haddad tem um pacote de medidas para serem analisadas pelo Congresso e que estão ligadas ao plano de controle das contas. O governo tem pedido apoio dos parlamentares para essas propostas, mas ainda não há previsão de votação dos projetos.
Ao final do encontro, em uma roda com líderes, Haddad citou os oito projetos que foram enviados para o Congresso e pediu a colaboração dos deputados. Segundo relatos, disse que tem convicção que o país terá neste ano uma melhora da economia e que a tendência é que os juros baixem.
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