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Delta aponta prejuízo de US$ 500 milhões por apagão global; companhia considera pedir indenização

Companhia também enfrenta investigação do governo dos EUA sobre sua gestão da interrupção dos serviços

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Stephanie Stacey Philip Georgiadis
Londres | Financial Times

O CEO da Delta Air Lines, Ed Bastian, afirmou que a falha de TI causada por uma atualização malfeita da CrowdStrike no início de julho, que paralisou milhares de seus aviões, custará à empresa $500 milhões.

Bastian disse à CNBC que a Delta "não teve escolha" a não ser buscar indenizações pelos transtornos. "Você não pode entrar em uma operação crítica 24/7 (24 horas por dia, sete dias por semana) e nos dizer que há um bug," disse.

Pessoas procurando por malas perdidas esperam em uma fila da Delta Air Lines no aeroporto de Los Angeles - AFP

A Microsoft estima que cerca de 8,5 milhões de dispositivos Windows foram afetados pela atualização defeituosa da CrowdStrike, que deixou passageiros de companhias aéreas presos, interrompeu consultas hospitalares e tirou emissoras do ar ao redor do mundo.

A Delta, demorou mais do que muitos de seus concorrentes para se recuperar das falhas, levando o Departamento de Transportes dos EUA a abrir uma investigação na semana passada.

Bastian disse à CNBC que a CrowdStrike "não ofereceu nada" para compensar a interrupção na Delta. "Consultoria gratuita para nos ajudar—isso é o máximo que fizeram."

Respondendo aos comentários de Bastian, a CrowdStrike disse: "Estamos cientes das reportagens, mas não temos conhecimento de um processo judicial e não temos mais comentários."

A falha de TI causou uma ampla interrupção para passageiros ao redor do mundo, com algumas companhias aéreas paralisando seus aviões e sistemas de check-in falhando nos aeroportos.

Várias companhias aéreas europeias estão considerando buscar indenizações pelos custos incorridos durante a interrupção, embora nenhuma decisão tenha sido tomada, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto.

Mas analistas do Deutsche Bank disseram acreditar que a responsabilidade da CrowdStrike estava "limitada a no máximo o preço que os clientes pagaram pelo seu software".

A Delta, junto com outras grandes companhias aéreas dos EUA, United e American, tomou a medida incomum de paralisar brevemente todos os seus aviões quando a interrupção começou na manhã de 19 de julho, uma sexta-feira.

Mas, enquanto seus concorrentes conseguiram restabelecer horários de voo durante aquele fim de semana, os problemas da Delta continuaram na semana seguinte, com mais de 6.000 voos eventualmente cancelados.

A companhia aérea também enfrentou críticas por seu atendimento aos clientes durante a interrupção, com o governo dos EUA abrindo uma investigação após relatos de pessoas esperando oito horas para serem atendidas por telefone e filas de cem pessoas crescendo nos aeroportos.

"Todas as outras companhias aéreas se recuperaram em um ou dois dias. A Delta pareceu ir na direção oposta, e é por isso que estamos prestando atenção especial. Estamos investigando com um olhar voltado para a responsabilidade sobre essa falha," disse o secretário de transportes dos EUA, Pete Buttigieg, na semana passada.

A CrowdStrike prometeu melhorar seus testes internos de atualizações, enquanto busca evitar uma repetição da ampla interrupção causada pela atualização defeituosa para clientes Windows de seu software de segurança Falcon.

O CEO da empresa, George Kurtz, também foi convocado pelo subcomitê do Congresso dos EUA sobre segurança cibernética e proteção de infraestrutura para explicar o papel da CrowdStrike no que "alguns alegam ser a maior falha de TI da história".

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