Siga a folha

EUA miram aço chinês com tarifas sobre importações vindas do México

Medida segue uma série de aumentos de tarifas sobre bens chineses, em tentativa da gestão Biden de se fortalecer em antigas regiões industriais para as eleições

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Washington | Financial Times

Os Estados Unidos irão aplicar tarifas de segurança nacional a algumas importações de aço e alumínio do México, em tentativa de impedir que metais chineses entrem no país pela fronteira.

De acordo com a Casa Branca, tarifas de 25% serão aplicadas a qualquer aço vindo do México que não tenha sido fundido na América do Norte, e tarifas de 10% incidirão sobre o alumínio mexicano que tenha metais primários vindos da China, Bielorrússia, Irã ou Rússia.

A medida, que segue uma série de aumentos de tarifas sobre bens chineses, é uma tentativa da gestão Joe Biden de fortalecer o apoio em antigas regiões industriais, onde ele está perdendo terreno para o rival republicano Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano.

Funcionários trabalham em um fábrica de metalurgia durante uma visita guiada organizada pelo governo chinês à Baoshan Iron & Steel Co., Ltd. (Baosteel), uma subsidiária do China Baowu Steel Group, em Xangai - REUTERS

"O aço e o alumínio chinês que entram no mercado dos EUA através do México evitam tarifas, minam nossos investimentos e prejudicam os trabalhadores americanos em estados como a Pensilvânia e Ohio", disse Lael Brainard, conselheira econômica de Biden.

Biden também se moveu este ano para proteger a US Steel da compra pela japonesa Nippon Steel —um movimento que Biden caracterizou como apoio aos trabalhadores do aço norte-americanos. A US Steel está sediada em Pittsburgh, na Pensilvânia, um estado crucial para as eleições.

A Casa Branca disse que as ações estão sendo tomadas em conjunto com o México, que irá pedir aos seus próprios importadores mais informações sobre a origem de seus produtos de aço.

A representante comercial dos EUA, Katherine Tai, disse que a medida é "boa notícia" tanto para os trabalhadores de aço e alumínio dos EUA quanto do México.

Autoridades dos EUA disseram que o país importa cerca de 3,8 milhões de toneladas de aço do México, com apenas 13% fundido e derramado fora da região da América do Norte e agora afetado pelas novas tarifas.

Para o alumínio, as tarifas se aplicarão a apenas 6% das 105.000 toneladas de alumínio importadas do México.

Brainard disse que a China está produzindo "mais aço do que a própria China ou o mundo podem absorver facilmente", e que os subsídios estão levando a "ondas de exportação" e "preços artificialmente baixos".

A medida se soma a tarifas de 25% já em vigor sobre importações de aço e alumínio da China, triplicadas pelo governo Biden em maio.

No mesmo mês, uma série de novas tarifas visando importações da China no setor de tecnologia limpa também foram introduzidas. Tarifas sobre veículos elétricos importados foram quadruplicadas para 100%, enquanto a taxa sobre células de painéis solares subiram para 50% e mais impostos estão previstos para chips chineses a partir de 2025.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas