Kamala aparece numericamente à frente de Trump em 1ª pesquisa pós-saída de Biden

Democrata empata tecnicamente com o republicano, mas o supera quando Robert Kennedy Jr. é incluído como opção

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Washington

Na primeira pesquisa realizada após a desistência de Joe Biden da eleição, Kamala Harris aparece numericamente à frente de Donald Trump e supera o republicano fora da margem de erro quando o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. é incluído entre as opções.

O levantamento Reuters/Ipsos foi realizado na segunda (22) e terça-feira (23). Foram ouvidas 1.241 pessoas em todo o país.

Quando apenas Kamala e Trump são apontados como opções, a democrata alcança 44% das intenções de voto, contra 42% do republicano. A diferença entre os dois está dentro da margem de erro da pesquisa, de 3 pontos percentuais.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em evento da Associação Atlética Nacional Universitária na Casa Branca, em Washington - Brendan Smialowski - 22.jul.24/AFP

No entanto, quando Kennedy Jr. é incluído entre as opções, Kamala obtém 42% contra 38% de Trump. O independente alcança 8% das intenções de voto.

Segundo a pesquisa, aumentou o percentual de americanos que declaram ter uma opinião favorável sobre Kamala, de 39% em uma pesquisa realizada na semana passada, para 44% agora. No caso de Trump, o percentual se manteve o mesmo (41%).

Democratas têm uma visão mais favorável de Kamala do que de Biden (91% contra 80%). Apenas 26% dos eleitores do partido defenderam que múltiplos candidatos disputem a vaga do presidente na chapa —o restante apoia que a agremiação se una em torno da vice já.

A Ipsos observou ainda que 83% de todos os eleitores registrados apoiam a saída do presidente da corrida. O percentual é ainda maior entre democratas (86%), e um pouco menor entre independentes (79%).

Quase metade dos americanos aptos a votar (48%) concordam que Kamala seja a candidata democrata, fatia que sobe para 89% entre democratas.

O desempenho de Kamala é melhor do que o que vinha sendo observado em pesquisas anteriores, com a ressalva de que até então as pesquisas citavam o seu nome apenas como uma hipótese. O boom em torno da candidata, desde que se tornou a provável candidata à Presidência, é uma das explicações para o resultado.

Ao mesmo tempo, as expectativas eram de que Trump também teria um bônus, resultado da tentativa de assassinato sofrida e da ampla exposição midiática em razão da convenção republicana na semana passada.

O levantamento Reuters/Ipsos realizado em 15 e 16 de julho, o último antes da troca de candidatos na chapa, mostrou Kamala empatada com Trump, com 44% das intenções de voto. Nesta pesquisa, Biden aparecia com 41% das intenções de voto, numericamente atrás de Trump, que tinha 43%.

Em um anterior, de 1º e 2 de julho, Trump tinha uma vantagem de 1 ponto percentual —novamente, um empate técnico, considerando a margem de erro.

Na média das pesquisas de intenção de voto realizadas até agora, agregada pelo RealClearPolitics, Trump aparece na frente com uma vantagem de 1,5 ponto percentual. No entanto, com a exceção da pesquisa divulgada nesta terça, todas as outras tratavam Kamala apenas como uma hipótese.

A candidatura de Kamala ainda não foi oficializada pelo Partido Democrata, embora seu nome tenha sido endossado pela maior parte dos membros mais importantes da legenda.

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