Argentina fecha acordo com Brasil para obter provas da Lava Jato
Delações de executivos da Odebrecht indicaram propinas a agentes públicos argentinos
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A Procuradoria-Geral da Argentina fechou acordo com o Ministério Público Federal brasileiro para viabilizar a obtenção de provas das delações premiadas de executivos da empreiteira Odebrecht e de outros investigados na Operação Lava Jato.
Segundo nota do órgão da cúpula do Ministério Público argentino, “o acordo permitiu chegar a um consenso sobre os termos de um modelo de compromisso que abre caminho para os procuradores e serve como uma ferramenta para que as investigações tenham a possibilidade de acessar as informações e evidências reveladas no Brasil pelas pessoas que decidiram colaborar por meio de acordos de leniência ou delações premiadas".
A cooperação foi estabelecida com o Procurador-Geral interino da Argentina, Eduardo Casal.
O pagamento de propinas a agentes públicos argentinos já havia sido indicado na delação premiada fechada por executivos da Odebrecht com autoridades brasileiras, americanas e suíças em dezembro de 2016, mas entraves legais dificultavam o compartilhamento das provas com os investigadores da Argentina.
O documento revelou à época que a Odebrecht confessou ter pago ao menos US$ 35 milhões na Argentina, mas não apontou os nomes dos beneficiários dos subornos.
Três projetos da empreiteira estão na mira por suposto superfaturamento, cartelização e propinas: uma estação de tratamento de água, uma estrada de ferro e a ampliação de gasodutos.
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