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Tufão deixa ao menos 28 mortos e 2 desaparecidos nas Filipinas

Com rajadas de vento de 250 km/h, tempestade provoca deslizamentos de terras e agora se encaminha para o sul da China

Rastro de destruição deixado pelo tufão Mangkhut na cidade de Alcala, na região de Cagayan, nas Filipinas - Ted Aljibe/AFP

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Jacarta e Tuguegarao (Filipinas) | Associated Press e AFP

O tufão Mangkhut deixou pelo menos 28 mortos e dois desaparecidos neste sábado (15) em sua passagem pelo norte das Filipinas.

O maior tufão a atingir as Filipinas neste ano chegou à costa antes do amanhecer na província de Cagayan, na ponta nordeste da ilha de Luzon, uma região de planícies de arroz e províncias montanhosas com histórico de deslizamentos.

Os ventos e as chuvas fortes provocaram deslizamentos de terra e destruíram muitas casas.

A situação fez com que China e Filipinas concordassem em adiar a visita da ministra das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que começaria neste domingo (16), levando em conta que o tufão provocou o cancelamento de cerca de 150 voos e interrompeu viagens marítimas.

O prefeito da cidade de Baguio, Mauricio Domogan, informou que três pessoas morreram na cidade montanhosa e que as estradas estão bloqueadas. As autoridades também registraram o afogamento de três pessoas e ainda apuram o que pode ter ocorrido com cerca de 70 homens que voltavam para casa quando o tufão chegou à Cagayan.

As rajadas de vento provocadas pelo Mangkhut chegaram a atingir 250 km/h e perderam um pouco de força (estavam a 170 km/h), mas se encaminham agora para o sul da China e Hong Kong.

"Ainda é uma situação de vida e morte", disse o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana. Os alertas de tempestade permanecem em vigor em dez províncias do norte das Filipinas, incluindo Cagayan. Milhares de pessoas tiveram que deixar a região.

O drama é maior porque o tufão chegou no início da temporada de colheita de arroz e milho em Cagayan, o que levou muitos agricultores a se arriscarem para tentar salvar o que pudessem de suas plantações, conforme informou o governador de Cagayan, Manuel Mamba.

O governo ainda calcula os estragos e aguarda para entrar em áreas com ventos fortes e chuva. Dois aviões de carga da força aérea C-130 e dez helicópteros estavam de prontidão em Manila para ajudar a transportar socorristas e suprimentos de ajuda.

Em Hong Kong, o ministro da Segurança, John Lee Ka-chiu, pediu aos moradores que se preparem para o pior. A Cathay Pacific informou que todos os seus voos serão cancelados por cerca de 26 horas, entre a madrugada de domingo e a de segunda-feira.

"Como Mangkhut trará ventos e chuvas de extraordinárias velocidades, alcance e severidade, nossos esforços de preparação e resposta serão maiores do que no passado. Cada departamento deve ter uma sensação de crise, fazer uma avaliação abrangente e planejar e se preparar para o pior", disse John Lee.

Na vizinha província de Fujian, na China, 51 mil pessoas foram retiradas de barcos de pesca e cerca de 11 mil navios retornaram ao porto.

O Centro Nacional de Meteorologia da China emitiu um alerta dizendo que Mangkhut chegaria a algum ponto da costa na província de Guangdong neste domingo (16).

Mangkhut é a 15ª tempestade forte a atingir as Filipinas neste ano.

Em 2013, o tufão Haiyan deixou mais de 7.300 pessoas mortas ou desaparecidas, destruiu aldeias, varreu os navios para o interior e deslocou mais de 5 milhões na região central das Filipinas.

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