Siga a folha

Putin diz que Trump 'está certo' em retirar tropas da Síria

Decisão, porém, recebeu críticas dos governos da França e da Alemanha

O presidente russo Vladimir Putin durante sua entrevista coletiva de final de ano em Moscou - Alexander Zemlianichenko/Associated Press

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Moscou, Washington, Beirute e São Paulo | Reuters e Associated Press

O presidente russo Vladimir Putin disse nesta quinta (20) que os Estados Unidos estão fazendo "a coisa certa" ao retirar suas tropas da Síria, uma decisão que recebeu críticas de aliados europeus de Washington. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta (19) a saída das tropas e disse que isso só é possível porque o Estado Islâmico (EI) já foi derrotado —afirmação que o russo apoiou nesta quinta. 

"Donald está certo, eu concordo com ele", disse Putin durante sua entrevista coletiva de final de ano. 

Moscou sempre se opôs a atuação americana na Síria e afirmava que ela era ilegítima porque não tinha autorização nem do Conselho de Segurança da ONU e nem do governo local —em contraste com a presença das tropas russas no país, que receberam o apoio do ditador Bashar al  Assad. 

Assim, disse Putin, "se os EUA decidiram retirar seu contingente, é a coisa certa a ser feita".

O russo, porém, deixou claro que não acredita que os americanos vão de fato deixar o país e lembrou que os Washington já prometeu diversas vezes se retirar do Afeganistão, mas nunca cumpriu.

Mas enquanto recebeu elogios de Putin pela decisão, Trump virou alvo de reclamações da França e da Alemanha, que disseram que a medida pode dificultar o combate ao terrorismo na região.

"Fizemos o EI recuar, mas a ameaça não acabou. Há um grande perigo que a consequência dessa decisão vai prejudicar a luta contra o EI e destruir o sucesso que foi alcançado" disse o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas. 

Tom parecido foi adotado pelo ministro de Defesa francês, Florence Parly: "O Estado Islâmico não foi varrido do e nem suas raízes. Os últimos bastiões dessa organização terrorista devem ser derrotados militarmente de uma vez por todas". 

Paris anunciou ainda que manterá a presença dos de seus 1.100 militares na Sìria —os EUA tem 2.000 homens no país.

Já o governo britânico oficialmente disse apenas que já vinha conversando com Washington sobre o assunto há alguns dias. Mas um deputado conservador que faz parte do Ministério da Defesa, Tobias Elwood, também criticou publicamente Trump nas redes sociais. 

Antes dos europeus, as forças curdas, que contam com apoio americano na Síria, também já tinham criticado a possibilidade de retirada dos EUA.  

Erramos: o texto foi alterado

Florence Patty foi erroneamente identificada como o ministro de Defesa da França em vez de a ministra.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas