Sul-americanos negociam criação de bloco para conter Venezuela, diz Colômbia
Segundo presidente Iván Duque, Prosul deve substituir Unasul
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Um grupo de países sul-americanos está negociando a criação de um novo bloco diplomático para substituir a Unasul, afirmou o presidente colombiano, Iván Duque, nesta segunda-feira (14).
A União de Nações Sul-Americanas, ou Unasul, foi criada há 10 anos pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para conter a influência dos EUA, em meio à ascensão de governos esquerdistas na região.
Mas o bloco foi perdendo influência diante do aumento de pressão sobre o sucessor de Chávez, o ditador Nicolás Maduro, e Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru suspenderam sua participação no grupo.
No fim de julho, o chefe de facto do grupo, o colombiano Yuri Chillá, apresentou sua renúncia, trazendo à tona uma série de escândalos e a situação de penúria da instituição. A Colômbia deixou oficialmente o bloco em agosto do ano passado.
O novo bloco, chamado de Prosul, teria como objetivo conter a influência da ditadura de Maduro, afirmou Duque.
"Estamos avançando em direção ao fim da Unasul e à criação da Prosul, uma plataforma sul-americana para a coordenação de políticas públicas e a defesa da democracia, de instituições independentes e de economias de mercado", afirmou Duque.
"É muito importante que a Unasul, que tem apoiado a ditadura da Venezuela, acabe."
A crise econômica, política e humanitária na Venezuela provocou o êxodo de 3 milhões de pessoas desde de 2015, segundo a ONU, a maioria em direção à Colômbia.
Maduro diz que seu país é vítima de uma "guerra econômica" liderada por seus adversários políticos com apoio dos EUA, que impuseram uma série de sanções contra o ditador e altos funcionários venezuelanos.
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