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Descrição de chapéu Venezuela

União Europeia espera que Venezuela reconsidere expulsão de embaixador alemão

Como retaliação à decisão de Maduro, Guaidó pediu que bloco aumente sanções contra ditador

O embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Martin Kriener, concede entrevista no aeroporto Simón Bolívar, no dia em que Guaidó voltou a Caracas - Marco Bello - 19.fev.19/Reuters
 

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Caracas | AFP e Reuters

A União Europeia (UE) lamentou nesta quinta-feira (7) a decisão do regime de Nicolás Maduro de expulsar o embaixador alemão da Venezuela, Daniel Martin Kriener, e disse esperar que Caracas "reconsidere" a atitude.

"Lamentamos que o embaixador alemão na Venezuela tenha sido forçado a deixar o país em um contexto político tenso e complexo", disse Maja Kocijancic, porta-voz da diplomacia europeia, em entrevista coletiva.

Segundo a porta-voz, os europeus também querem manter abertas "as linhas de comunicação" com todas as partes da Venezuela, incluindo o governo. 

Também na quinta (7), Kriener foi recebido pelo presidente interino autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, na sede da Assembleia Nacional, em Caracas. De acordo com uma postagem em rede social de Guaidó, a embaixada da Alemanha no país seguirá em funcionamento. 

O regime de Nicolás Maduro declarou o embaixador "persona non grata" nesta quarta-feira (6) e deu 48 horas para que deixasse o país. A decisão ocorre após o alemão receber o líder da oposição, Juan Guaidó, no aeroporto na segunda-feira (4), quando Guaidó voltou ao país após uma turnê pela América do Sul

Guaidó disse que pediu a Kriener para seguir como embaixador em Caracas porque, segundo ele, Maduro não tem poder para expulsar um diplomata, uma vez que estaria "ocupando a Presidência de forma ilegal".

Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, Guaidó defendeu que os países da União Europeia "reforcem as sanções financeiras contra o regime [de Nicolás Maduro]. Espero que a Europa reaja de modo firme a essa séria ameaça contra o embaixador".

O ministro alemão das Relações Exteriores, Heijko Maas, advertiu em um comunicado que a expulsão do embaixador "agrava a situação" na Venezuela. "Esta decisão é incompreensível, o que piora a situação em vez de aliviar as tensões", afirmou. "O suporte europeu a Juan Guaidó é inabalável."

Maas não comentou o pedido de novas sanções. Jurgen Hardr, porta-voz do bloco conservador do Parlamento alemão, apoiou o pedido de Guaidó contra Maduro e disse que a meta deveria ser "Kriener voltar a Caracas assim que possível".

Em comunicado, o governo Maduro disse que a decisão de expulsar Kriener se devia a "recorrentes atos de ingerência nos assuntos internos do país" pelo diplomata, que "em desacato compareceu ao aeroporto internacional de Maiquetía para testemunhar a chegada do deputado Juan Guaidó".

"A Venezuela considera inaceitável que um representante diplomático estrangeiro exerça em seu território um papel público mais típico de um líder político em clara sintonia com a agenda conspiratória de setores extremistas da oposição venezuelana", afirmou.

Também na quarta (6), os Estados Unidos decidiram revogar os vistos de 77 pessoas associadas a Maduro, incluindo oficiais do governo e seus familiares, disse o vice-presidente americano, Mike Pence, em pronunciamento para empresários hispânicos em Washington.

Na sexta (1º), outros 49 vistos haviam sido revogados.​ ​

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