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Atiradores invadem hotel de luxo no Paquistão e deixam ao menos um morto

Hotel fica na cidade portuária de Gwadar, importante ponto da região; grupo terrorista reivindica autoria

Fachada do hotel cinco estrelas Pearl Continental, localizado na cidade paquistanesa de Gwadar - Banaras Khan/AFP

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Quetta e Islamabad | AFP e Reuters

Três homens deixaram ao menos um morto na manhã deste sábado (11), após invadirem e abrirem fogo contra o hotel de luxo Pearl Continental Gwadar, no Paquistão.

Segundo autoridades locais, a vítima é um dos seguranças do estabelecimento, que morreu na entrada do local.

Helicópteros rodeavam o espaço aéreo do hotel com classificação cinco estrelas, o único do tipo localizado em Gwadar, no sudoeste do país. A cidade portuária é centro de um projeto de infraestrutura bilionário da China.

Poucas horas depois do ataque, o Exército de Libertação do Baluchistão, grupo militante que luta por maior autonomia para a região, reivindicou autoria.

"Forças de segurança isolaram o perímetro. Hóspedes retirados em segurança. Terroristas cercados pelas forças de segurança na escadaria que leva ao último andar. Operação Liberação está em curso", afirmou um porta-voz das autoridades locais.

O ministro provincial do Baluchistão, Ziaullah Langu, disse às agências de notícias que "há registros de algumas pessoas com ferimentos leves", sem dar detalhes. Já Mohammad Aslam, agente de Gwadar, afirmou que "não havia hóspedes chineses ou paquistaneses no hotel". 

Gwadar fica no Mar Arábico, entre a península arábica e a Índia, e é considerada um porto estratégico na região. Antes uma vila de pescadores, agora recebe delegações empresariais do Paquistão ou estrangeiras, bem como diplomatas, quando visitam a cidade.

A cidade tem tido um veloz desenvolvimento e faz parte do chamado corredor econômico de US$ 60 bilhões de China e Paquistão. Um gigantesco projeto de infraestrutura visa conectar a província chinesa ocidental de Xinjiang a Gwadar.

O Baluchistão está repleto de insurgências étnicas, sectárias e separatistas, e vários grupos militantes operam na província, incluindo o grupo talibã paquistanês Tehrik-i Taliban Paquistão (TTP), além do Exército de Libertação do Baluchistão.

Há três semanas, um grupo separatista armado reivindicou a responsabilidade por um ataque às forças de segurança e navais no Gwadar, que deixou ao menos 14 mortos.

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