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Parlamento da Áustria destitui governo de primeiro-ministro

Moção de censura contra Sebastian Kurz foi aprovada após vídeo de corrupção de seu vice ser divulgado

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Viena

O Parlamento da Áustria votou, nesta segunda-feira (27), uma moção de censura contra o premiê conservador Sebastian Kurz, retirando-o do cargo após o escândalo de corrupção que implodiu sua coalizão de governo.

Há dez dias, um vídeo divulgado pela imprensa alemã revelou o agora ex-vice-chanceler austríaco, Heinz-Christian Strache, reunindo-se, em 2017, às vésperas da eleição nacional que selaria a entrada dele no governo, com uma mulher que diz ser investidora e sobrinha de um oligarca russo. Strache promete a ela contratos públicos em troca de verbas para a campanha eleitoral.

Após a publicação da gravação, Strache renunciou ao cargo e também deixou a liderança do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), sigla de ultradireita que chefiava desde 2005. Em seguida, o premiê convocou novas eleições para setembro.

O resultado da votação desta segunda foi anunciado pela presidente do Parlamento, Doris Bureas.

Agora, o presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, deve nomear um chanceler para formar um governo que possa reunir o apoio do Parlamento até a próxima eleição nacional.

 
O chanceler (premiê) austríaco Sebastian Kurz acena enquanto deixa a sessão que o tirou do governo - Leonhard Foeger/Reuters

A votação, inédita na história do país, contou com votos dos social democratas e do FPÖ, que estava na coalizão governista até a divulgação do vídeo.

Apesar da destituição de Kurz do governo, seu partido, o ÖVP, de direita, teve maioria nas eleições para o Parlamento Europeu de domingo (26), com 34,9% dos votos, à frente dos social-democratas, com 23,4%, e do FPÖ, com 17,2%.

Além disso, o vice-premiê que renunciou foi eleito para o Parlamento Europeu, de acordo com a agência de notícias austríaca APA. Ele recebeu mais de 33,5 mil votos, o suficiente para um assento no órgão. ​

Vice-chanceler da Áustria Heinz-Christian Strache, pivô de escândalo, anuncia sua renúncia - Leonhard Foeger/Reuters

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