China diz que repressão na praça da Paz Celestial foi política 'correta'
Massacre de estudantes em protestos pró-democracia completa 30 anos
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O ministro chinês da Defesa, Wei Fenghe, disse neste domingo (2) que a repressão aos protestos na praça da Paz Celestial (Tiananmen) de Pequim, em 1989, foi a "política correta".
"Este incidente foi uma turbulência política, e o governo central adotou medidas para deter as turbulências, o que é uma política correta", afirmou o general durante o fórum regional de segurança Diálogo de Shangri-La, em Singapura.
A morte de estudantes que lideravam protestos a favor da democracia e contra a corrupção na praça chinesa completa 30 anos em 2019. A repressão do exército em 4 de junho de 1989 deixou centenas ou até milhares de vítimas, que se manifestavam havia semanas. A China nunca divulgou um número oficial de vítimas.
Em um discurso para militares de alta patente e especialistas, o general Fenghe questionou por que o mundo sempre diz que a China "não administrou o incidente de forma correta".
"Estes 30 anos demonstraram que a China viveu grandes mudanças", afirmou, antes de acrescentar que graças a ação do governo a "China goza de estabilidade e desenvolvimento".
Este período da história da China continua a ser um tabu. Nas raras vezes em que autoridades mencionam os acontecimentos, especialmente diante de estrangeiros, justificam-no como uma "decisão correta". Com o ministro chinês da Defesa não foi diferente.
Na época, a China colocou a culpa dos protestos nos contra-revolucionários que tentavam derrubar o partido.
Atualmente, graças à "Grande Muralha digital" e aos censores do Partido Comunista, qualquer referência à repressão desapareceu da internet na China. O evento não será oficialmente comemorado pelo Partido Comunista ou pelo governo.
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