Justiça da Áustria define valor e põe fim a disputa sobre casa em que Hitler nasceu
Autoridades têm se empenhado em evitar que o local se torne um templo neonazista
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A mais alta corte da Áustria pôs fim a uma disputa sobre a casa em que Adolf Hitler nasceu, rejeitando a quantia que o ex-proprietário exigiu em compensação, disse o Ministério do Interior nesta segunda-feira (5).
A família de Gerlinde Pommer era proprietária da casa amarela de esquina na cidade de Braunau, na fronteira com a Alemanha, há quase um século.
O governo assumiu o controle do prédio em dezembro de 2016, após anos de disputas legais com Pommer.
As autoridades austríacas têm se empenhado em evitar que o local onde Hitler nasceu, em 20 de abril de 1889, torne-se um templo neonazista.
Embora ele tenha passado pouco tempo na propriedade, ela continua atraindo simpatizantes do nazismo de todo o mundo.
Em janeiro, um tribunal regional determinou que o Estado pagasse 1,5 milhão de euros (R$ 6,63 milhões) a Pommer, muito mais do que os 310 mil euros (R$ 1,36 milhão) que lhe haviam oferecido originalmente.
Mas outro tribunal anulou este veredicto em abril, concluindo que o atual preço de mercado, fixado por um especialista em 810 mil euros (R$ 3,57 milhões), constituiria uma quantia apropriada de compensação.
O mais alto tribunal da Áustria confirmou agora a decisão de abril, o que significa que Pommer receberá menos indenização do que ela buscava —R$ 6,63 milhões—, mas mais do que lhe haviam oferecido originalmente.
"Após a decisão do tribunal sobre a indenização, um uso para a casa onde Hitler nasceu pode agora ser enquadrado dentro da lei para evitar qualquer tipo de atividade relacionada ao nazismo", disse o ministro do Interior, Wolfgang Peschorn, em um comunicado.
Autoridades convidarão arquitetos a submeterem projetos sobre o futuro do local, disse o comunicado sem dar mais detalhes.
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