Virada de ano é marcada por protestos em Hong Kong
Grupos pedem que população não desista da democracia em 2020
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Milhares de pessoas celebraram a chegada de 2020 em Hong Kong com cânticos pró-democracia, encerrando um ano marcado por meses seguidos de manifestações, algumas com episódios de violência.
Mais cedo, ativistas formaram gigantescas correntes humanas e marcharam por shoppings, pedindo às pessoas que não desistissem da luta pela democracia no novo ano. Houve prisões após os ativistas bloquearem a Nathan Road, importante via que leva à região do porto.
Dezenas também colocaram flores perto da estação de metrô Prince Edward, palco de alguns dos confrontos mais violentos com a polícia durante o verão local.
As autoridades cancelaram os fogos de artifício à meia-noite pela primeira vez em uma década, citando preocupações de segurança. No lugar, foi realizada uma "sinfonia de luzes", com projeções nos arranha-céus mais altos do território após uma contagem regressiva para a virada.
Em Victoria Harbour, importante ponto turístico de Hong Kong, as pessoas que acompanhavam o show começaram a gritar "Libertem Hong Kong! Revolução dos nosso tempos".
Os protestos começaram em junho em resposta a um projeto de lei, agora retirado, que permitiria extradições para a China continental, onde os tribunais são controlados pelo Partido Comunista, e evoluíram para um movimento pró-democracia mais amplo.
Em sua mensagem de Ano-Novo, transmitida por vídeo, a chefe-executiva local, Carrie Lam, disse que os mais de seis meses de manifestações causaram tristeza, ansiedade, desapontamento e raiva.
"Vamos começar 2020 com uma nova resolução, de restaurar a ordem e a harmonia na sociedade. Para que possamos recomeçar, juntos", acrescentou Lam.
O dirigente chinês, Xi Jinping, também mandou uma mensagem, transmitida pela televisão estatal.
"Sem um ambiente harmônico e estável, como pode haver um lar onde as pessoas possam viver felizes?", afirmou. "Nós sinceramente desejamos o melhor para Hong Kong e para os nossos compatriotas."
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