Siga a folha

Descrição de chapéu Venezuela

Venezuela suspende operações da aérea portuguesa TAP por 90 dias

Regime acusa companhia de ter ajudado tio de Guaidó a transportar explosivos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Caracas | AFP

A Venezuela suspendeu nesta segunda-feira (17) por 90 dias as operações da companhia aérea portuguesa TAP no país, após acusá-la de ter permitido que o tio do líder opositor Juan Guaidó transportasse explosivos durante uma viagem, anunciou o ministro dos Transportes, Hipólito Abreu.

Mais cedo, as autoridades do país informaram a abertura de um processo administrativo contra a TAP, que poderia resultar em multas, suspensões temporárias ou, dependendo de "como vão se desenvolver as investigações, (...) uma suspensão permanente" da operação na Venezuela.

O tio de Guaidó, Juan Márquez, foi detido no última terça-feira (11) após acompanhá-lo em um voo comercial da TAP, quando o líder oposicionista retornou de uma turnê internacional.

Márquez foi acusado de carregar materiais explosivos escondidos em vários objetos. 

O regime de Nicolás Maduro argumenta que a TAP escondeu o nome de Guaidó de sua lista de passageiros, registrando-o com uma identidade falsa.

A defesa de Márquez qualificou a decisão de "encenação ordinária".

O Ministério de Interiores de Portugal afirmou na última sexta-feira (14) que abriu uma investigação "diante das declarações das autoridades venezuelanas sobre uma falha de segurança no voo (em direção a Caracas) procedente de Lisboa".

"Essa empresa aérea violou as normas de segurança, e isso equivale a um atentado contra a segurança de nosso país", disse à imprensa o número dois da ditadura, Diosdado Cabello.

Tumulto durante chegada do líder opositor Juan Guaidó ao aeroporto internacional Símon Bolívar, que serve a capital venezuelana, Caracas - Cristian Hernandez - 11.fev.20/AFP

Referindo-se à acusação de falhas no registro de Guaidó, Cabello —presidente da Assembleia Constituinte, órgão criado por Maduro e que na prática assumiu as funções do Parlamento— disse que a TAP embarcou um passageiro clandestino com a cumplicidade do governo português, acrescentando que a ordem de embarque foi dada pelos Estados Unidos.

O chavista, no entanto, não apresentou evidências para fundamentar suas declarações. 

Desde 2013, a Venezuela vem sofrendo um êxodo em massa das companhias aéreas por dívidas estatais estimadas em US$ 3,8 bilhões, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

A TAP é uma das poucas companhias aéreas estrangeiras que mantêm seus voos no país.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas