UTIs do Reino Unido chegarão ao limite até o fim do mês, prevê estudo
País estuda apertar restrições de circulação após britânicos seguirem nas ruas mesmo após avisos
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A capacidade de atendimento intensivo no Reino Unido será superada no final deste mês, se não houver mudanças no combate à pandemia de coronavírus, calcula um grupo de 11 cientistas da London School of Hygiene.
Dados do sistema de saúde britânico informavam em janeiro a existência de 4.123 leitos de cuidado intensivo, 312 deles para crianças.
A demanda chegará a 4.364 por dia no final de março “se a velocidade de transmissão não for drasticamente reduzida nos próximos dias”, calcula o estudo preliminar, publicado neste domingo (22).
Itália e Espanha, países que registram o maior número de mortes na Europa, já veem sua capacidade de atendimento esgotada.
No Reino Unido as restrições para combater a pandemia têm sido moderadas e progressivas, mas o governo deve apertá-las mais nesta segunda, depois que parques londrinos ficaram lotados no final de semana.
Há duas semanas, o governo pediu a idosos e casos suspeitos que se autoisolassem. Na semana passada, recomendou o trabalho remoto. Na sexta-feira, fechou bares, restaurantes, clubes, casas noturnas e academias. Nesta segunda, as escolas tiveram aulas suspensas.
O comércio continua aberto no país e as pessoas não são multadas se andarem na rua, como na França, na Itália ou na Alemanha.
Para estimar a demanda por UTIs, os cientistas da LSH levaram em conta o número previsto de doentes, a duração das internações e a premissa que o número de casos dobra a cada sete dias.
O cálculo assume também que a proporção de casos que precisam de tratamento intensivo fica frequente ao longo do tempo. A necessidade de leitos foi projetada com base nas internações feitas até a última quarta (18).
Foram considerados períodos de internação de oito a dez dias. “Embora ainda haja muita incerteza sobre a progressão da pandemia”, todos os cenários mostram um aumento marcante de demanda por UTIs, escrevem os autores.
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