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México identifica 2º corpo dos 43 estudantes desaparecidos em Ayotzinapa

Caso de 2014 continua sem solução; apenas um outro aluno foi identificado

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Cidade do México | AFP

Os restos mortais de um dos 43 estudantes que desapareceram no México em 2014, no que ficou conhecido como "caso Ayotzinapa", foram identificados, afirmou o promotor do caso nesta terça (7).

Segundo Omar Gómez, um dos seis fragmentos ósseos encontrados na região da La Carnicería, no município de Cocula, pertence a Christian Alfonso Rodríguez Telumbre.

O material havia sido enviado neste ano pela promotoria ao Instituto de Genética da Universidade de Innsbruck, na Áustria. Este é o segundo jovem identificado —o primeiro foi Alexander Mora Venâncio, cuja identidade foi comprovada em dezembro de 2014, dois meses depois do desaparecimento dos alunos.

Jovens mostram retratos dos 43 estudantes de Ayotzinapa em ato que marcou 35 meses do seu desaparecimento, em agosto de 2017 - Edgard Garrido - 26.ago.17/Reuters

Quarenta e três estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, a maioria dos quais adolescentes, desapareceram entre a noite de 26 de setembro e a manhã de 27 de setembro de 2014 no estado de Guerrero. Naquela madrugada, o grupo seguia para a cidade de Iguala para pegar os ônibus que seriam usados em manifestações, mas os jovens foram baleados por pistoleiros e policiais corruptos.

Segundo a versão do governo de Enrique Peña Nieto (2012-2018), os alunos desapareceram em uma ação do cartel Guerreros Unidos, que teria confundido os jovens com membros de um grupo rival.

De acordo com Gómez, promotor do caso, ambos os estudantes identificados tinham 19 anos à época do crime, e as autoridades agora investigam como o pedaço de osso foi levado ao local da descoberta.

O instituto da Universidade de Innsbruck já havia identificado os restos mortais de Venâncio, mas, nesse caso, foram realizados testes de DNA em restos encontrados no rio Cocula.

Durante o governo de Peña Nieto, o Ministério Público afirmou que havia indícios para a identificação de outro aluno, Jhosivani Guerrero. No entanto, sua identidade nunca foi conclusivamente determinada.

O desfiladeiro La Carnicería fica a 800 metros do rio Colula, onde, segundo a investigação do governo anterior, os restos mortais dos studantes foram jogados após serem queimados em um depósito de lixo.

Essa investigação foi chamada de "a verdade histórica", com a qual se pretendia encerrar o caso.

"A 'verdade histórica' acabou e, enfatizo, o caso ainda está aberto", disse Gómez, acrescentando que os familiares de Telumbre souberam das novas informações dias antes de ele comunicar a imprensa.

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