Ladrões roubaram o pergaminho do líder comunista chinês Mao Tse Tung da casa de um colecionador de arte em um roubo no mês passado e o venderam por uma fração de seu valor original.

O pergaminho de 2,8 metros de comprimento foi cortado porque fora considerado longo demais para ser exibido, disse a polícia de Hong Kong. O proprietário diz que o valor da obra foi "definitivamente afetado".

O valor do pergaminho, que contém estrofes de poesia manuscritas pelo fundador da República Popular da China, é estimado em cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) pelo dono da peça.

Ela foi roubada em um grande assalto em 10 de setembro, quando três homens invadiram a casa de Fu Chunxiao, um conhecido colecionador de selos e de arte revolucionária.

Os ladrões também levaram selos antigos, moedas de cobre e outras peças de caligrafia de Mao. O roubo totalizou perdas estimadas em US$ 645 milhões (R$ 3,6 bilhões) de acordo com Fu, que estava na China continental quando o roubo ocorreu.

Os ladrões venderam uma das peças para outro colecionador de arte por apenas US$ 64 (R$ 360). O comprador, de acordo com o jornal South China Morning Post, afirmou acreditar que a obra era falsa.

O comprador então viu um apelo público da polícia e se entregou com os dois pedaços do pergaminho no dia 22 de setembro. Não está claro quem fatiou a arte em dois pedaços.

O superintendente sênior Tony Ho, da polícia de Hong Kong, disse que "alguém achou que a caligrafia era muito longa e difícil de mostrar e exibir, e, por isso, ela cortada ao meio".

"Foi de partir o coração vê-lo [o pergaminho] dividido em dois", disse Fu ao South China Morning Post. "Isso definitivamente afetará seu valor, mas o impacto ainda está para ser visto."

Posteriormente, a polícia prendeu o comprador de 49 anos por suspeita de lidar com propriedade roubada, embora ele já tenha sido solto sob fiança. Um suspeito do roubo foi preso, mas os outros dois ladrões que invadiram a casa de Fu ainda estão foragidos.