Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Mais de 12 milhões de pessoas estão contaminadas pela Covid-19 nos Estados Unidos. Mas o vírus não ataca o país de maneira equitativa.
Os estados do centro assistem a uma progressão acelerada da epidemia nas últimas semanas, e as regiões rurais, poupadas no início da crise sanitária, são as que mais sofrem atualmente.
A reportagem da RFI visitou a cidade de Bismarck, na Dakota do Norte, um dos estados que registram os maiores índices de letalidade ligados ao coronavírus no mundo.
Segundo um estudo da Universidade Harvard, a Dakota do Norte detém o triste recorde da pandemia. Com um óbito para cada 1.000 habitantes, o estado tem a maior taxa de mortalidade do planeta.
Mas entrar em um restaurante na cidade de Bismarck é como ser transportado para um mundo sem pandemia. Os frequentadores se divertem aos montes em torno de uma mesa, alheios à realidade.
Na Dakota do Norte, o uso de máscaras passou a ser obrigatório há somente dez dias. No entanto, o acessório raramente é adotado. Alguns defendem a questão das liberdades individuais, protegida pela Constituição. “É meu direito constitucional”, diz uma mulher, que passeia sem máscara no hall de um hotel.
Outros se defendem com teorias sobre a eficácia da proteção. “Não podemos dizer que usar uma máscara protege contra a Covid”, afirma um homem em um posto de gasolina. “É como jogar areia um uma peneira”, defende, sem respaldo científico.
Hospitais lotados
O resultado dessa atitude pode ser sentido nos hospitais da cidade, lotados e nos quais médicos e enfermeiros não dão mais conta do fluxo de pacientes.
“Essa ausência de preocupação com os outros é o que nos levou a números cada vez mais altos de contaminados. E é isso que nos preocupa,” avalia o médico David Field. “É duro, muito duro trabalhar de forma tão intensa todos os dias, o dia inteiro.”
Jason Kerry, 36, acaba de sair do hospital. Após três dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), ele tenta conscientizar os amigos. “Não importa o seu estado de saúde, e sim a maneira como o vírus te ataca. E eu espero que ele não afete o seu corpo como afetou o meu.”
Os Estados Unidos, país com maior número de mortos vítimas de Covid-19 no mundo, já registraram mais de 257 mil óbitos desde o início da pandemia. E o ritmo de contaminação continua acelerando.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters