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Justiça aceita denúncia, e Filipe Martins vira réu acusado de gesto racista

Assessor para assuntos internacionais do presidente fez símbolo ligado a grupos supremacistas

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Patrick Mesquita Carlos Padeiro
São Paulo | UOL

A Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra o Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Assim, ele se torna réu por gesto racista. A decisão foi tomada pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos.

No último dia 9, o MPF denunciou o assessor por, durante uma sessão no Senado, realizar um gesto ligado a grupos racistas e supremacistas. O assessor foi flagrado, às costas do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), com três dedos abertos (simbolizando a letra "w") e o indicador se juntando ao polegar (formando um "p") —uma maneira de representar "white power" (em português: poder branco).

Filipe Martins faz gesto racista às costas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - Reprodução

À época, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, queixou-se e pediu que Martins fosse retirado das dependências da Casa. Em nota, o MPF disse que descartou a possibilidade de casualidade e afirmou que "ficou evidente" que ele "tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto".

Na ocasião, o advogado João Vinicius Manssur, que representa o assessor, disse em nota que a acusação não tinha embasamento. "A história de vida de Filipe Martins e suas lutas pelas liberdades públicas e pelos direitos fundamentais caminham a seu favor", afirmou o advogado.

Ao prestar depoimento sobre o caso, Martins afirmou que “não houve intuito específico, pois estava ajustando seu terno”. O assessor disse que, em razão de sua formação —ele é bacharel em relações internacionais— e atuação acadêmica, ele tem conhecimento das questões ideológicas ligadas aos temas de supremacismo, nazismo e extrema direita, além de ter noção do gesto supremacista a ele imputado.

Declarou ainda que “não há qualquer simbologia ligada a qualquer questão ideológica e tampouco finalidade ofensiva a quem quer que seja” e citou ainda “que o gesto foi involuntário”.

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