A deputada republicana dos EUA Marjorie Taylor Greene teve sua conta no Twitter suspensa permanentemente neste domingo (2) após violar a política de desinformação sobre Covid-19 da rede social.

A plataforma anunciou ter bloqueado a conta pessoal, mais usada pela congressista, mas Greene ainda tem acesso a um perfil oficial. "Fomos claros [...] que suspenderemos permanentemente contas por reiteradas violações a essa política [de Covid-19]", justificou o Twitter, em comunicado enviado à agência de notícias AFP, sem especificar o conteúdo publicado que gerou a punição.

Representante da Geórgia, Greene é fiel seguidora do ex-presidente Donald Trump e de suas teorias da conspiração —como a de que a eleição presidencial do ano passado, vencida por Joe Biden, foi fraudada; o governo americano nunca encontrou provas disso.

A deputada vinha fazendo também publicações antivacina e com outras desinformações sobre a pandemia. Ela se notabilizou por ter apoiado a teoria QAnon —que diz que Trump travava uma guerra contra uma conspiração de abusadores de crianças.

Após a suspensão, a congressista divulgou um comunicado por meio do Telegram assegurando que o Twitter é "um inimigo dos EUA e não aguenta suportar a verdade".

"Tudo bem, mostrarei ao país que não precisamos dele e que é tempo de derrotar nossos inimigos", escreveu.

A política sobre a Covid-19 da plataforma usa um sistema de faltas no qual as sanções aumentam gradualmente de acordo com as violações cometidas. Greene, por exemplo, já teve sua conta suspensa temporariamente em agosto.

Neste sábado (1º), a republicana havia escrito na rede social que mortes supostamente causadas por imunizantes costumavam ser levadas a sério no país, mas que agora "uma quantidade extremamente alta de mortes pela vacina contra a Covid são ignoradas".

Além de Greene, Trump também teve sua conta suspensa permanentemente após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro do ano passado, quando uma multidão de apoiadores interrompeu a certificação da vitória de Biden.

O endosso aos atos de violência contra congressistas, além da defesa de teorias da conspiração, entre outras ações controversas, levou a Câmara dos Deputados a retirar Greene de suas atribuições em dois comitês da Casa, em fevereiro de 2021.