Guerra na Ucrânia: Zelenski usa experiência midiática em busca de apoio internacional
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Em um momento decisivo das negociações com o Kremlin para o fim da guerra, que completa 23 dias, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski tem como trunfo a sua imagem.
Seu rosto está em todos os lugares. No telão, faz apelo por apoio e cobra medidas mais efetivas contra a Rússia mesmo de países já alinhados. Assim como a presença constante nas redes sociais, a rodada de discursos virtuais para parlamentares tem sido a aposta do ucraniano para conquistar a simpatia da opinião pública internacional.
Contexto: Ator e comediante, Zelenski, de 44 anos, assumiu o papel de um presidente improvável duas vezes, uma na ficção e outra na vida real.
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Foi o protagonista da série "Servo do Povo", em que um professor de história é eleito presidente do país após seu discurso contra a corrupção viralizar;
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Foi eleito em 2019 com 73% dos votos no 2º turno com um partido que leva o nome da série que o alçou à fama.
Figurino: A estratégia de imagem do presidente é notada até na escolha da roupa. Em suas aparições em vídeo, Zelenski dispensa o terno e usa camiseta de cor verde militar. Algumas peças trazem a insígnia das Forças Armadas.
Primeira-dama: Com quase 3 milhões de seguidores no Instagram, a roteirista e empresária Olena Zelenska, 44, também é acostumada a usar as mídias. Nesta semana, publicou uma carta aberta para as primeiras-damas no mundo, pedindo que abriguem mulheres e crianças refugiadas como se fossem "cidadãs de seus países". A americana Jill Biden e a canadense Sophie Trudeau foram marcadas na publicação.
Deboche: Se o ajuda no diálogo com o público, o passado de humorista de Zelenski também é visto com deboche. O presidente Jair Bolsonaro chegou a ironizar o fato em declaração no mês passado: "Os ucranianos confiaram a um comediante o destino de uma nação", afirmou.
Volta às origens: "Servo do Povo" acaba de voltar ao catálogo da Netflix nos Estados Unidos. Com o início da guerra, as três temporadas da produção vinham sendo disputadas pelas plataformas de streaming.
Não se perca
Relembre algumas aparições de Zelenski na última semana:
Terça (15)
Fala ao Parlamento do Canadá e visita de líderes
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Na fala transmitida virtualmente no Parlamento canadense, Zelenski pediu que o país "fizesse mais" contra a Rússia, cobrando a criação de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia. "Quantos mais mísseis têm que cair sobre nossas cidades para que isso aconteça?"
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Zelenski também recebeu os premiês de Polônia, República Tcheca e Eslovênia, os primeiros líderes estrangeiros a visitar Kiev, que é alvo de bombardeios.
Quarta (16)
Aplausos no Congresso dos EUA
Em discurso virtual transmitido no Capitólio, o ucraniano citou o discurso de Martin Luther King e episódios da história americana, como o 11 de Setembro, para cobrar a mesma medida. "Eu tenho uma necessidade: proteger o céu do nosso país. É o mesmo que quando vocês dizem a frase 'eu tenho um sonho'", disse. Foi aplaudido de pé.
Quinta (17)
Apelo a Scholz no Parlamento alemão
No pronunciamento no Bundestag, também a distância, Zelenski fez referência ao Muro de Berlim e pediu ao chanceler Olaf Scholz que destrua o muro que separa uma Europa livre de outra não livre.
O que aconteceu nesta sexta (18)
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Ucrânia disse ter resgatado 130 pessoas de teatro bombardeado;
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Mísseis atingiram área perto do aeroporto de Lviv, cidade que é rota de fuga de civis;
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Em conversa com Biden, Xi Jinping criticou sanções à Rússia;
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Tribunal manteve punição que excluiu Rússia da repescagem da Copa.
Imagem do dia
O que ver e ouvir para se manter informado
A onda de boicotes à Rússia na área cultural foi debatida no podcast Expresso Ilustrada. E o enviado André Liohn mostra a situação de médicos e pacientes em um hospital próximo a Kiev.
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