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Descrição de chapéu União Europeia

Polícia identifica suspeita de matar menina de 12 anos encontrada em baú em Paris

Com histórico de transtornos mentais, mulher de origem argelina teria torturado e estuprado a criança

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São Paulo

O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, revelou nesta terça-feira (18) informações sobre a identidade da suspeita de estuprar, torturar e assassinar uma menina de 12 anos em Paris no fim de semana. O corpo da criança foi encontrado em um baú de plástico, coberto de tecido e desenhos, e sua cabeça estava quase decepada.

Buquês de flores deixados na entrada do prédio em Paris em que foi encontrado o corpo de Lola, de 12 anos, em um contêiner de plástico - Geoffroy Van der Hasselt - 17.out.22/AFP

A suspeita é uma mulher de 24 anos com um histórico de transtornos mentais. Segundo a imprensa local, ela é argelina e estava no país de forma irregular —o jornal Le Figaro afirma que ela havia chegado à França em 2016, com um visto de estudante, e em agosto deste ano foi presa porque o documento estava vencido. Ainda de acordo com o veículo, ela não tinha antecedentes criminais e havia reportado ter sido vítima de violência doméstica em 2018.

A mulher foi detida ainda no sábado. A polícia afirmou que abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias do assassinato.

A promotoria parisiense relatou os detalhes do crime em um comunicado à imprensa. O texto afirma que a suspeita a princípio levou a vítima para o apartamento da irmã, moradora do mesmo prédio que a família da criança, e a fez tomar banho antes de estuprá-la e espancá-la até a morte. Ela ainda escreveu em vermelho "zero" e "um" na sola dos pés da menina, identificada apenas pelo primeiro nome, Lola.

Advogado da suspeita, Alexandre Silva expressou suas condolências aos pais da criança, mas pediu a jornalistas que as discussões sobre o caso sejam feitas a portas fechadas, ressaltando o princípio de presunção de inocência. Ele também negou os rumores de que o assassinato estaria relacionado a tráfico de órgãos ou a alguma espécie de ritual religioso.

O advogado Alexandre Silva, que representa a suspeita de estuprar e assassinar Lola, concede entrevista à imprensa ao sair de audiência em Paris - Christophe Archambault - 17.out.22/AFP

Lola desapareceu no final da tarde da sexta passada. Seus pais, preocupados com a demora da menina para voltar da escola, entraram em contato com a polícia e publicaram no Facebook uma descrição da filha e das roupas que ela usava quando saiu de casa.

Um vídeo da câmera de segurança do prédio mostra, no entanto, que a menina havia chegado em casa por volta das 15h15, acompanhada de uma mulher de vinte e poucos anos. Cerca de duas horas mais tarde, as filmagens mostram a mesma mulher saindo do prédio, vestida com legging e tênis e levando três malas —uma delas, o baú de plástico com rodinhas onde o corpo da menina foi encontrado.

A caixa foi achada às 23h15 no pátio interno do mesmo prédio, por um homem em situação de rua. Uma autópsia realizada no dia seguinte determinou que Lola morreu por asfixia e apresentava uma série de lesões no seu rosto e nas costas.

Além da mulher, outros três indivíduos foram indiciados por envolvimento no crime no sábado, na comuna de Bois-Colombes, no norte de Paris. Um deles é um homem de 43 anos que teria dirigido o veículo que transportou as duas malas e o caixote de plástico com o corpo da menina.

A RFI afirma que investigadores ainda não determinaram o motivo do crime, mas exploram a possibilidade de uma querela entre a suspeita e os pais de Lola. Síndicos do prédio em que moravam, eles supostamente teriam negado à suspeita a emissão de um cartão de acesso ao condomínio. Embora o assassinato possa ter sido motivado por vingança, a polícia não exclui a possibilidade de um ato de violência gratuito.

O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu os pais de Lola no Palácio do Eliseu, em Paris, nesta terça (18). Políticos de direita acusam o governo de ter responsabilidade no crime por não ter extraditado a suspeita depois que se descobriu que ela não tinha visto para permanecer no país.

Com Reuters

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