Autoridades recuperam centenas de artefatos arqueológicos de até 5.000 anos na Espanha
Itens formavam uma das maiores coleções privadas ilegais do país, segundo Guarda Civil
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Autoridades da Espanha recuperaram restos mortais e centenas de artefatos arqueológicos datados de até 5.000 anos, incluindo fósseis marinhos, cerâmicas da Idade do Bronze (cerca de 3.300 a.C. a 1.200 a.C.) e armas do século 18. Os itens estavam em duas casas na província de Alicante, no sudeste do país.
As apreensões foram feitas na chamada operação Osarium, que levou os policiais a "uma das maiores coleções privadas ilegais" da Espanha, segundo comunicado divulgado pela Guarda Civil. Duas pessoas são investigadas pelo crime de apropriação indevida de objetos com valor artístico, cultural ou científico.
A apuração começou em novembro, quando autoridades souberam da existência de restos mortais em uma casa no vilarejo de Gata de Gorgos —mais de 200 fragmentos de ossos humanos foram encontrados.
Depois, o proprietário da residência, em colaboração com as autoridades, conduziu os investigadores a uma coleção ainda maior em outra propriedade na cidade vizinha de Dénia. Lá, foram achados os itens arqueológicos que teriam sido herdados de um antigo morador, já falecido.
"No entanto, [o morador] não possuía qualquer tipo de documentação que justificasse a posse dos itens nem realizou qualquer procedimento para a sua regularização", informou a guarda em comunicado.
Foram recuperados cerca de 350 artefatos como mosaicos romanos e ferramentas e armamentos históricos, incluindo balas de canhão e granadas de ferro. Os investigadores apreenderam ainda cadernos com anotações manuscritas do antigo morador, apontando a localização dos itens.
Serão feitos estudos para estabelecer a data e a origem das peças, o que pode facilitar a localização de novos sítios arqueológicos, segundo o comunicado da Guarda Civil, que atuou em conjunto com a equipe da inspeção técnica do Ministério da Cultura e de especialistas do Museu Arqueológico de Dénia.
A descoberta ocorre um ano após 36 peças, também recuperadas pela Guarda Civil espanhola, serem devolvidas ao Egito. Os objetos, que incluíam estatuetas com a representação de deuses e jarros antigos, foram apreendidos no porto de Valência depois de terem sido roubados de sítios arqueológicos em 2014.
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