Ataque armado deixa ao menos 10 mortos em Guayaquil, no Equador
País vive onda de violência causada por disputas entre narcotraficantes
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Dez pessoas morreram e três ficaram feridas, na madrugada deste domingo (30), em um ataque armado em Guayaquil, principal cidade portuária do Equador. O município está em estado de emergência devido ao aumento da violência causada pelo narcotráfico. Ainda são incertas as motivações desse atentado e seus autores.
Sem dizer uma palavra, vários sujeitos desceram de uma caminhonete preta e abriram fogo com armas pesadas, disse à imprensa o general William Villaroel, comandante da polícia da zona 8, que inclui Guayaquil e os vizinhos Durán e Samborondón.
De madrugada, na oficina mecânica onde ocorreu o atentado, foram vistos corpos caídos na calçada, em meio a poças de sangue. Ao redor, as pessoas choravam e se abraçavam enquanto a polícia isolava o local.
As autoridades ainda não relataram nenhuma prisão por este ataque. No entanto, especificaram que cinco dos mortos tinham antecedentes criminais por roubo, tráfico de drogas e uso de armas.
"Acreditamos que trata-se de uma disputa entre grupos criminosos organizados, é uma luta pelo poder, pelo território" para o transporte de drogas, acrescentou o comandante da polícia.
No último dia 15, um confronto entre gangues rivais em um presídio de Guayaquil matou 12 pessoas. O Equador tem sido atormentado por motins nas prisões desde 2021, resultando na morte de centenas de detentos, o que o governo atribui a confrontos entre gangues de drogas que lutam por território e controle.
A guerra entre essas gangues já soma mais de 400 presos mortos neste complexo penitenciário desde 2021. Nas ruas do país andino, o índice de assassinatos quase dobrou entre 2021 e 2022, passando de 14 para 25 para cada 100 mil habitantes, segundo as autoridades.
Vizinho do maior produtor de cocaína do mundo, a Colômbia, o Equador se tornou um porto estratégico para escoamento da droga, o que atrai organizações criminosas internacionais, sobretudo colombianas e mexicanas, que se associam a grupos locais em busca de rotas privilegiadas de exportação de drogas para outros países.
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