Siga a folha

Post sobre 'fuga de venezuelanos' ao Brasil mostra vídeo de pessoas migrando para o Panamá

Post de deputado engana ao usar imagem de reportagem do New York Times

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Vídeo publicado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) sobre a suposta "fuga" de milhares de pessoas da Venezuela mostra, na verdade, um fluxo migratório na região de Darién, na fronteira da Colômbia com o Panamá, em agosto deste ano. O material faz parte de uma reportagem especial do jornal The New York Times publicada pela Folha a respeito do trajeto de estrangeiros que tentam entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

Como verificado pelo Comprova, o deputado erra ao afirmar que o conteúdo retrataria "venezuelanos deixando seu lar em busca de uma vida minimamente decente no Brasil e na Colômbia". O percurso era feito na direção do Panamá, ou seja, o destino final não era nem a Colômbia, nem o Brasil. Além disso, a Venezuela responde por mais da metade do fluxo migratório na região de Darién, mas há pessoas de outras nacionalidades, o que foi confirmado pela reportagem do Times.

Procurado, Kim Kataguiri afirmou que, ainda que o post contenha imprecisão em relação ao país onde as pessoas estavam e para onde iam, o "cerne da questão" permanece o mesmo. "O vídeo de fato mostra milhares de venezuelanos fugindo do desastre humanitário que acontece na Venezuela causado por um regime socialista e totalitário", justifica.

Captura de tela de vídeo que mostra pessoas de diversas nacionalidades seguindo em direção ao Panamá - Reprodução/X

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Por que investigamos

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99486-0293.

Leia a verificação completa no site do Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por Estadão e GZH e publicada em 27 de setembro pelo Comprova, coalizão que reúne 41 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por Folha, UOL, A Gazeta, O Povo, Plural e Nexo.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas