Líderes do Hizbullah, Hamas e Jihad Islâmico se encontram para discutir 'vitória da resistência'
Grupo libanês já disse estar pronto para entrar na guerra, o que elevaria o risco de uma conflagração regional
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O líder do Hizbullah, Sayyed Hassan Nasrallah, reuniu-se com alguns dos principais chefes das facções Hamas e Jihad Islâmico, que atuam na Faixa de Gaza, para discutir como "alcançar a verdadeira vitória da resistência" no conflito contra Israel iniciado no último dia 7.
O encontro foi anunciado em comunicado divulgado pelo grupo libanês nesta quarta-feira (25). A nota diz que Nasrallah conversou com os líderes Saleh al-Arouri, do Hamas, e Ziad al-Nakhala, do Jihad Islâmico, mas não informa quando a reunião ocorreu nem outros detalhes.
Apoiado pelo Irã, o Hizbullah tem feito trocas de tiros diárias com as forças israelenses próximas da fronteira de Israel com o Líbano. O grupo já disse estar pronto para entrar totalmente na guerra, o que abriria uma perigosa segunda frente para as forças israelenses, já que a facção tem mais poderio militar que o Hamas. Tel-Aviv já deixou clara sua posição de que não deseja um enfrentamento direto com o grupo libanês.
"Foi feita uma avaliação das posições internacionais que estão sendo tomadas e do que os partidos do Eixo da Resistência [aliança entre as facções, patrocinada principalmente pelo Irã] devem fazer para conseguir uma vitória real da resistência em Gaza e na Palestina e para deter a agressão brutal", disse o Hizbullah. "Houve acordo sobre a continuação da coordenação."
O Hizbullah anunciou nesta quarta (25) que mais dois dos seus combatentes foram mortos, aumentando o número de baixas nas suas fileiras para 40 combatentes desde o início do conflito.
Assim, o temor de uma expansão do conflito persiste. Também nesta quarta-feira (25), a mídia estatal da Síria afirmou que as IDF (Forças de Defesa de Israel) atacaram o aeroporto de Aleppo, maior cidade do país e o segundo centro mais importante depois da capital, Damasco. Desde que a guerra estourou entre Israel e o Hamas, no último dia 7, esta foi a terceira vez em que isso ocorreu.
A ofensiva teria como objetivo passar um recado para que a ditadura de Bashar al-Assad não envie armas, suas ou do aliado Irã, para os grupos anti-Israel, como o Hizbullah e o próprio Hamas.
Já as forças israelenses intensificaram os bombardeios contra alvos na região sul da Faixa de Gaza, depois de um dos dias mais mortais para os palestinos desde o início do conflito.
Segundo o Ministério de Saúde local, ao menos 80 pessoas foram mortas nos ataques, mas o número deve aumentar. Outras centenas ficaram feridas.
As bombas teriam destruído vários prédios na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza. "Isso não é normal, nunca vimos algo assim antes", disse Khader Abu Odah, que mora na região.
Israel disse que os ataques nas últimas 24 horas eliminaram agentes do Hamas, incluindo o comandante do Batalhão Norte de Khan Yunis, Taysir Mubasher. Poços de túneis, centros de comando, esconderijos de armas e posições para lançamento de foguetes também foram alvejados, acrescentaram os militares.
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